Em uma semana, a campanha "MS Pela Vida - Unidos pelo Rio Grande do Sul" registra 213 mil itens básicos doados pela população sul-mato-grossense que ultrapassam a 50 toneladas de mantimentos enviados em socorro às vítimas do maior desastre ambiental em solo gaúcho.

Famílias que perderam móveis e eletrodomésticos com as enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul nas últimas semanas receberão um benefício de R$ 5.100 concedidos pelo governo federal. O anúncio foi feito hoje pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, durante visita da comitiva do presidente Lula a São Leopoldo do Sul (RS).

Em um gesto de solidariedade de quem sabe também já enfrentou uma catástrofe, vítimas da tragédia de Brumadinho (MG) aprovaram o repasse ao Rio Grande do Sul de R$ 2,2 milhões de parte da indenização que recebem da mineradora Vale.

Enquanto chuvas intensas provocam a maior tragédia climática do Rio Grande do Sul, pela primeira vez na história a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (Ana) aprovou ontem, por unanimidade, uma Declaração de Situação Crítica de Escassez Quantitativa dos Recursos Hídricos na Região Hidrográfica do Paraguai, onde está localizado o Pantanal. 

Mais duas equipes do Corpo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul seguiram para o Rio Grande do Sul visando ajudar vítimas das enchentes que atingem aquele Estado. O Governo também enviou 15 mil cobertores doados para as vítimas.

"Cidades inteiras vão ter que mudar de lugar. É preciso afastar as infraestruturas urbanas desses ambientes de maior risco, que são as áreas mais baixas, planas e úmidas, as áreas de encostas, as margens de rios e as cidades que estão dentro de vales", afirma o doutor em ciências e professor de Ecologia na Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Marcelo Dutra da Silva, que há dois anos, já havia alertado sobre o que poderia ocorrer e que agora repercute como "profecia" nas redes sociais.