Enquanto chuvas intensas provocam a maior tragédia climática do Rio Grande do Sul, pela primeira vez na história a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (Ana) aprovou ontem, por unanimidade, uma Declaração de Situação Crítica de Escassez Quantitativa dos Recursos Hídricos na Região Hidrográfica do Paraguai, onde está localizado o Pantanal. 

Mais duas equipes do Corpo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul seguiram para o Rio Grande do Sul visando ajudar vítimas das enchentes que atingem aquele Estado. O Governo também enviou 15 mil cobertores doados para as vítimas.

O governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) pediu mais agentes da Força Nacional, cujo efetivo será dobrado, para conter a onda de roubos e saques em meio a tragédia climática no Rio Grande do Sul. Ele também pediu a governadores dos estados vizinhos que enviem reforço policial e anunciou a contratação temporária de policiais da reserva.

A reconstrução dos trechos de rodovias federais destruídos pelas chuvas dos últimos dias no Rio Grande do Sul deverá custar mais de R$ 1 bilhão. “O trabalho do ministério de restabelecer o funcionamento das BRs e de suas respectivas construções vai, provavelmente, ultrapassar a casa de R$ 1 bi”, disse o ministro Renan Filho (Transportes), em reunião com deputados gaúchos.

Recursos provenientes do cumprimento da pena de prestação pecuniária, transação penal e suspensão condicional do processo nas ações criminais em Mato Grosso do Sul serão destinados ao auxílio na situação de calamidade pública que atinge o Rio Grande do Sul, conforme portaria assinada hoje pelo presidente do Tribunal de Justiça (TJMS), desembargador Sérgio Martins, por recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).