"Swing universitário" vira opção de balada em SP

Zanone Fraissat/Folhapress/Folha Online Reprodução
"Swing universitário" vira opção de balada em SP
Depois do forró e do sertanejo universitário, a nova moda entre estudantes de universidades da capital de São Paulo é curtir a balada em casas de swing. Menores de idade já entraram no embalo. Matéria do site da Folha de S.Paulo deste domingo informa que estudantes estão trocando casas noturnas convencionais pelas "baladas liberais", que, além da pista de dança, oferecem cabines e um grande labirinto escuro onde o sexo e a troca de casais rolam soltos. Embalado pela nova onda, o Enigma Club (foto), em Moema, está promovendo às quintas-feiras a noite universitária em que o ingresso de R$ 74 por casal é cobrado como meia-entrada (R$ 37) de estudantes. Na quinta-feira anterior, a reportagem do jornal flagrou saindo do local Marina, Flavia e Andressa, todas com 17 anos, que, usando RG falsificado, debutavam no mundo do suingue. 

– "Vim por curiosidade. A balada é boa, a música é legal, mas não curti muito o clima lá dentro", dizia a "caloura" Flavia que foi com mais seis amigos, dois veteranos.

Repórteres da Folha, conforme a matéria assinada pelos repórteres Letícia de Castro, James Cimino e Talita Bedinelli, entraram no Enigma e contaram o que viram lá dentro. Leia a seguir:

Por dentro do Enigma...

"Se não fossem os mastros de pole dance no meio da pista, o local passaria por uma casa noturna qualquer. Mas logo se percebe a movimentação defronte a uma porta no fundo da casa, onde um segurança controla a entrada de casais. Homem sozinho não entra, e mulher sozinha também não sai.

O primeiro ambiente tem várias cabines com luzes vermelhas, algumas revestidas com vidro, outras com uma tela de madeira vazada. Mais à frente, um labirinto escuro. Ouvem-se gemidos, gritos, sons de tapas e avisos esparsos de que "sem camisinha, não" ou "desencosta, que eu não gosto de macho, não".

– "Em geral venho com meu amigo e um casal. Mas não trago minha namorada aqui, não. Minha mente não é tão liberal assim", conta o "veterano" Leonardo, 25, que levou cinco "calouras" ao Enigma e que frequenta o meio há cinco anos.

Ele diz não gostar da balada universitária, justamente porque atrai muitos curiosos. "Vi pela cara dessas meninas que trouxe aqui hoje que não ia rolar nada."

Se muitos vão no embalo, há aqueles que experimentam e viram frequentadores. Carla, 21, estudante de engenharia da Faculdade Mauá, é uma dessas. "Venho para transar. Fico na pista só para observar o movimento e ver quem me interessa", diz.

Sacada de marketing...

Além do Enigma, o jornal aponta Inner Club e Nefertiti como outras casas no Bairro paulistano de Moema viraram pontos de encontro dos estudantes "swingers". E o sucesso das casas é atestado até pela concorrência. Mário Levi, diretor de marketing de cinco baladas, entre elas o Clube Taboo, no Brooklin (zona sul) e no Guarujá, afirma que o swing está "roubando" a clientela.

– "O pessoal do swing teve uma sacada de marketing, que é transformar o nome em balada liberal. Isso se tornou uma coisa descolada. E hoje há uma tendência ao imediatismo no mundo todo. As pessoas querem se conhecer e resolver ali mesmo" - diz Levi.

(As informações são da Folha Online)

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Postado por: Marco Eusébio, 31 Outubro 2010 às 16:57 - em: Principal


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