A Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul (OAB-MS) vai acompanhar as investigações do assassinato do empresário Adriano Correia do Nascimento, de 33 anos, dono da Sushi Express, em Campo Grande, morto à tiros pelo patrulheiro rodoviário federal Ricardo Hyun Su Moon, de 46 anos, supostamente após uma discussão no trânsito, na manhã deste sábado, na Avenida Ernesto Geisel, próximo ao Horto Florestal. Agnaldo Espinosa da Silva, 48 anos, e o filho de 17, que estavam com Adriano, também foram feridos, mas passam bem. O policial, que foi preso em flagrante sem direito a fiança, alegou que Adriano teria "fechado" o carro dele e desobedeceu ordem para parar, e a Polícia Civil investiga o caso.

 

Em ofício encaminhado ao delegado João Eduardo Davanço, da Depac Centro, responsável pelo caso, o presidente da OAB-MS, Mansour Karmouche, e o presidente da Comissão de Direitos Humanos da entidade, Christopher Scapinelli, pedem cópia dos procedimentos adotados e afirmam: "Trata-se de um caso que atinge frontalmente o Estado Demorático de Direito onde um agente de segurança pública vitimou uma pessoa e atingiu outras duas, aparentemente fora de serviço e com utilização de armamento de propriedade do Governo para uso em serviço". A OAB-MS "acompanhará o andamento das investigações, visto que tais atos configuram, em tese, clara afronta aos Direitos Humanos, o que deve ser penalizado de acordo com os preceitos previstos na legislação vigente", acrescenta o documento.