O ex-prefeito de Campo Grande (MS) e ex-ministro da Saúde, o médico Wilson Fadul morreu hoje por insuficiência cardíaca aos 91 anos no Hospital São Lucas, em Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ), onde estava internado desde o início de outubro. Conforme sua neta Joana Fadul informou ao deputado estadual sul-mato-grossense Felipe Orro (PDT), o corpo será velado nesta quarta-feira (19) das 9h às 16h (DF) no Salão Nobre da Assembleia Legislativa fluminense (Alerj) e cremado na quinta-feira (20). "O Brasil perde um dos seus mais valorosos filhos", disse Orro, que foi propositor de homenagem prestada pela Assembleia sul-mato-grossense dando nome à Comenda do Mérito do Trabalho Ministro Wilson Fadul, honraria destinada a homenagear trabalhadores que se destacam no exercício de suas profissões.
HISTÓRIA – Médico diplomado pela Faculdade Fluminense de Medicina, em Niterói (RJ), em 1945, no ano seguinte Wilson Fadul ingressou na Aeronáutica como segundo-tenente médico e foi designado para servir em Campo Grande, no Mato Grosso uno. Em outubro de 1950 elegeu-se vereador pelo PTB, presidiu a câmara e em 1953 virou prefeito da cidade em 1953, deixando o cargo em 1955, depois de eleito deputado federal pelo antigo estado. No terceiro mandato na Câmara dos Deputados, foi escolhido para ser ministro da Saúde em 1963 durante o governo do presidente João Goulart (Jango). Com o golpe militar de 31 de março de 1964, foi demitido do Ministério da Saúde e em seguida retomou sua cadeira na Câmara, mas teve o mandato cassado e os direitos políticos suspensos por dez anos em junho de 1964 pelo Ato Institucional nº 1 (AI-1).
Afastado da política, Fadul passou a residir no Rio de Janeiro e no fim dos anos 70, com a volta do pluripartidarismo no Brasil, ajudou Leonel Brizola a fundar o PDT. Designado pelo gaúcho, veio instalar o partido em Mato Grosso do Sul onde disputou o governo em 1982 na eleição vencida por Wilson Martins (PMDB), a primeira direta no novo estado. Com a eleição de Brizola governador fluminense, foi nomeado para a vice-presidência e depois para a presidência do Banco do Estado do Rio de Janeiro (Banerj). Wilson Fadul deixa três filhos e três netos.
