O ator, diretor e produtor musical Luiz Carlos D'Ugo Miele morreu hoje aos 77 anos em sua casa, no bairro de São Conrado, Zona Sul do Rio de Janeiro, após um mal súbito. Vania Barbosa, empresária e amiga de Miele e da família, disse que a esposa encontrou o artista caído no chão do escritório pela manhã e chamou os Bombeiros, que constataram o óbito. A morte de Miele pegou os mal súbito que acometeu o diretor pegou parentes de surpresa. “Aparentemente ele não tinha nenhum problema de saúde, dor no peito, ou algo assim. Mas ultimamente, nos três últimos meses, ele estava querendo fazer tudo ao mesmo tempo: lançar CD, livros, fazer shows. Nao sei mais quanto tempo eu vou estar aí", relatou Vania ao site G1 da Globo.

 

Paulistano, Miele começou a carreira como rádio ator aos 12 anos. Em 1959 se mudou para o Rio onde trabalhou na TV Continental como diretor de estúdio. Da amizade com Ronaldo Bôscoli, um dos principais nomes da Bossa Nova, passou a produzir shows no Beco das Garrafas — reduto que reuniu Sérgio Mendes, Elis Regina e Wilson Simonal. ontratados pela Globo, Miele e Bôscoli produziram os programas "Alô, Dolly", "Dick & Betty" e "Um Cantor por Dez Milhões, Dez Milhões por uma canção". Na década de 70, atuou como humorista em programas como "Faça Humor, Não Faça Guerra" e "Planeta dos Homens".

 

Na década de 2000, voltou a TV no seriado "Mandrake" e participou das novelas "Casos & Acasos", "Tapas e Beijos" e "Geração Brasil". Sua última participação foi no programa "Tomara que Caia", da TV Globo, em setembro. "Miele é uma das figuras mais importantes do entretenimento brasileiro. Foi um cara que ajudou a desenvolver a linha de shows, sobretudo da TV Globo. Foi o homem que dirigiu o Roberto Carlos a vida inteira. Miele teve uma vida bem intensa, cheia de experiências", diz João Marcelo Bôscoli, filho de seu maior parceiro. O corpo será velado hoje e sepultado no Cemitério do Caju, no Rio.