Ex-jogador do Operário e do Fluminense, Kléber Ribeiro, o Bequinha, morreu no mês passado, em Campo Grande, alguns dias depois de ter sofrido um infarto, aos 55 anos. Em seu enterro teve até políticos presentes e o Tricolor das Laranjeiras publicou um texto em seu site lamentando a partida do ex-integrante da "Máquina Tricolor" carioca da década de 70 quando formou o meio de campo ao lado de Rivelino, Carlos Alberto Pintinho e Manfrini. Até aí sem novidades. Tudo isso já foi noticiado. O que ninguém divulgou é que Bequinha, depois do infarto em julho, não foi medicado simplesmente por falta de dinheiro. O radialista e cronista esportivo Arthur Mário me contou hoje a história que disse ter ouvido de pelo menos 10 pessoas que conheciam bem o ex-jogador:

- "O Bequinha estava separado da família, ex-mulher, filhos etc. Andava depressivo, morando sozinho. Era ele e sua camionete usada. Depois que teve alta do hospital foi ao Rádio clube (onde atuava nos últimos 10 anos como professor das escolinhas de futebol) pegar sua caminhote. Tinha uma receita prá comprar os medicamentos receitados. Mas, sem grana, não teve como comprá-los. Custariam cerca de 300 reais. Sozinho e sem a família, faltaram  amigos, alguém mais próximo, um colega de trabalho" - revela Arthur Mário.

Parafraseando Nelson Rodrigues, é mais um caso de... a vida como ela é.