CNJ decide retirar segurança do juiz Odilon, candidato ao Governo de MS

Fotos Arquivo/Reprodução e Luiz Silveira/CNJ
CNJ decide retirar segurança do juiz Odilon, candidato ao Governo de MS
Segurança de policiais federais ao juiz Odilon será retirada gradativamente, conforme decidiu hoje o pleno do CNJ

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu hoje, por unanimidade, que o juiz aposentado Odilon de Oliveira, não tem mais direito à escolta da Polícia Federal. A proteção de 24h, entretanto, deve ser retirada de forma gradual. Além de laudos técnicos da PF e do Departamento de Segurança Institucional do CNJ, que julgam desnecessária a segurança 24h, a "descontinuidade" da proteção também foi baseada na candidatura do juiz ao Governo de Mato Grosso do Sul, pelo PDT. "O fato de se lançar candidato ao cargo de governador representa um agravamento do risco – promovido por ele mesmo –, tendo em vista a rotina de uma campanha política. Envolve encontros com lideranças políticas, correligionários, o que não raro ocorre em rincões remotos, além da ampla divulgação da agenda. Apenas os candidatos à Presidência da República têm direito a escolta da Polícia Federal", assinalou o conselheiro relator Márcio Shciefler, diz o site do CNJ. Odilon vivia sob escolta policial desde 1998, devido a ameaças por sua atuação no combate ao narcotráfico em MS.

Via assessoria, o juiz Odilon divulgou a seguinte nota sobre a decisão do CNJ acrescida abaixo às 17h MS:
 
"Nota do juiz Odilon sobre a decisão do CNJ que retira proteção à vida
 
Fiquei sabendo pela imprensa, que veiculou ser o motivo principal meu ingresso na política, como se tal fato fizesse desaparecer o risco de vingança. O que o CNJ deve considerar, com todo respeito, não é a nova atividade do protegido, mas se permanece ou não risco de vingança em razão do trabalho realizado na atividade. O processo que tramita no CNJ, de minha iniciativa, trata exclusivamente de manutenção da segurança na inatividade. Vou recorrer na esfera do CNJ e, ao mesmo tempo, ajuizar ação de obrigação de fazer contra a União, com pedido de liminar. O sujeito trabalha a vida inteira tentando proteger a sociedade, arriscando a vida, e, quando se aposenta, é jogado na boca dos leões.
 
Juiz Odilon de Oliveira
 
Candidato ao governo de Mato Grosso do Sul"


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Postado por: Marco Eusébio, 21 Agosto 2018 às 15:00 - em: Principal


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