Bonecos de políticos como a presidente Dilma e seus antecessores FHC e Lula foram malhados no tradicional Festival do Judas que neste sábado de aleluia chegou na 24º edição em Fortaleza (CE). Embora os bonecos dos presidentes tenham sido os mais fabricados, não foram eles os enforcados e queimados, mas sim o de Levy Fidelix (PRTB). Conforme a tradição, os organizadores leram o testamento do boneco, que versava sobre a homofobia, em alusão ao episódio em que Levy protagonizou durante o debate com Luciana Genro (PSOL) nas últimas eleições.

 

Também desfilaram pela praça da Gentilândia bonecos de gente que ficou famosa com o caso da Petrobras, como a ex-presidente da estatal Graça Foster, do ex-diretor Nestor Cerveró e do doleiro Alberto Youssef. O senador Aécio Neves (PSDB) também não escapou da malhação. Mas os judas alusivos aos presidentes são sempre os mais pedidos pela população, diz o artista plástico Sérgio Marques, de 54 anos, que ministrou os cursos de confecção dos bonecos.

 

"A tradição diz que a gente deve queimar os nosso pecados, os defeitos, as traições, e assim as pessoas o fazem neste período. O processo de esculpir os bonecos é único para cada pessoa, ali você deixa e recebe, é um momento de colocar os demônios para fora, um momento de purificação para o domingo" afirmou ao jornal O Globo.