O ex-governador Fernando Pimentel (PT), de Minas Gerais, foi condenado a 10 anos de prisão em regime fechado pela Justiça Eleitoral mineira, por tráfico de influência e lavagem de dinheiro que teria sido desviado para sua campanha ao governo de Minas em 2014, especialmente para pagar pesquisas realizadas pela Vox Opinião, no período em que era ministro de Desenvolvimento do governo de Dilma Roussef (PT), de 2011 a 2014. Conforme a sentença divulgada na noite anterior pela juíza Luzia Divina Peixoto, da 32ª Zona Eleitoral de BH, Pimentel teria cobrado e obtido "vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função". Na mesma ação, foram condenados os empresários Benedito Rodrigues de Oliveira Neto (Bené), Marcos Antônio Estellita de Salvo Coimbra (sócio da Vox Opinião) e Márcio Hiram Guimarães Novaes (representante da Vox). Pimentel, que poderá recorrer em liberdade, usou hoje as redes sociais para classificar a condenação de "absurda, injusta e juridicamente insustentável".

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS) condenou o Vox Populi e a Federação das Indústrias do estado (Fiems) a pagar R$ 106 mil – metade cada – pela divulgação de pesquisa não registrada na Corte eleitoral sobre intenção de votos paga governador de Mato Grosso do Sul. A decisão, unânime, foi tomada na segunda-feira. Das pesquisas Vox contratadas e divulgadas pela Fiems em março, só duas haviam sido registradas: para senador e presidente da República. Fonte ligada à diretoria da Fiems disse ao Blog que o Vox Populi fez o registro no Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília, mas teria "esquecido" de registrar no TRE-MS. Cabe recurso ao TSE.

Pesquisa de intenção de voto para governador de Mato Grosso do Sul feita em Campo Grande pelo instituto Vox Populi encomendada e divulgada hoje pela Federação das Indústrias (Fiems) aponta, na estimulada (com nomes apresentados ao eleitor), o juiz Odilon de Oliveira na frente com 30%, seguido pelo ex-governador André Puccinelli (MDB) com 23%. O atual governador Reinaldo Azambuja (PSDB) aparece liderando um segundo bloco com 9%, seguido pelo ex-prefeito Nelsinho Trad (PTB) com 7%, o médico Ricardo Ayache (PSB) com 2% e outros citados com 1% (veja o quadro acima). Na espontânea, sem exibir nomes ao eleitor, André lidera com 12%, seguido por Odilon com 10% e Azambuja com 5%. Os demais citados tem no máximo 2%. A pesquisa, diz a Fiems, foi feita de 17 a 21 deste mês de março com 500 pessoas de 16 anos acima em 31 bairros da Capital de MS, e registrada na Justiça Eleitoral com o nº BR-09120/2018. A margem de erro é de 4,4 pontos para mais ou para menos.