O presidente do Supremo, Dias Toffoli, negou nesta tarde pedido para que a eleição da Mesa Diretora da Câmara seja com voto aberto dos deputados e mantém o que diz o regimento da Casa, que prevê voto secreto, informa o G1. O pedido foi feito ao Supremo pelo deputado federal eleito Kim Kataguiri (DEM-SP). Toffoli segue no plantão do STF até domingo, e nesta semana deve seguir o mesmo entendimento e tomar decisão semelhante em recurso do Solidariedade contra liminar do ministro Marco Aurélio que estabeleceu voto aberto na eleição da Mesa Diretora do Senado. Em tese, a decisão deve beneficiar a reeleição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e no caso do Senado, a volta de Renan Calheiros (MDB-AL) à presidência. Mas, vale frisar, o voto secreto pode "virar as mesas" pois permite aos deputados e senadores ignorarem acordos de bancadas.

O juiz federal Marcio Luiz Coelho de Freitas, de Brasília, determinou que o Senado "se abstenha de adotar sigilo" na votação do caso Aécio Neves (PSDB-MG). A decisão, tomada ontem, atende ação popular ajuizada pelo presidente da União Nacional dos Juízes Federais (Unajuf), Eduardo Cubas, subscrita pelo advogado Ciro Augusto Cubas Briosa. Conforme o noticiário nacional, senadores que pretendem livrar o aliado Aécio Neves das medidas cautelares do Supremo, estão articulando uma votação secreta na terça-feira para manter suas nobres imagens "imaculadas" perante à opinião do eleitor. Para o juiz, entretanto, "a votação sigilosa configuraria ato leviso à moralidade administrativa".