A clínica médica veterinária da universidade Anhanguera Uniderp, em Campo Grande, foi interditada em ação do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso do Sul (CRMV-MS) com apoio do Procon-MS por falta de registro no conselho e estoque de medicamentos fora do prazo de validade.

Por infringir vários artigos e incisos do Código de Defesa do Consumidor, a Uniderp de Campo Grande foi alvo de pelo menos 130 processos do Procon-MS que lhe renderam multas que somam atualmente 28.550 unidades fiscais do Estado (Uferms), cujo valor unitário atual é de R$ 27,87. Convertido o valor, as multas acumuladas totalizam R$ 821.383,50 em favor do Fundo Estadual de Defesa do Consumidor. "Vale ressaltar que  outros processos ainda  continuam em análise o que leva a crer que o valor das multas poderá, ainda, ser ampliado", diz o Procon. Entre as infrações, o site do órgão cita ausência de prestação adequada, oportuna e devida de informações claras e precisas quando solicitadas por consumidores (normalmente  estudantes), cobranças e inserções indevidas de nomes de consumidores em órgãos de restrição de crédito, obtenção de vantagens excessivas em relação aos consumidores, falta de eficiência da empresa, ferimento da boa fé nas relações de consumo e vício de qualidade nos serviços prestados.

Estudantes da Uniderp estão convocando protesto para às 7h do dia 6 de abril em frente à universidade, na Rua Ceará, de onde sairão em passeata rumo à Câmara dos Vereadores para audiência pública marcada para às 9h pelo vereador vereador Epaminondas Neto, o Papy (SD), para debater irregularidades denunciadas pelos alunos, para a qual foram convidados representantes da OAB-MS, Procon, Ministério Público Estadual, Defensoria Pública, Secretaria de Educação e da própria instituição de ensino. Conforme a acadêmica de Direito Ariane Blum, só neste primeiro trimestre do ano são mais de 130 processos referentes a irregularidades como boletos e repasses do Fies com valores errados, mal atendimento no DCA, falta de acesso aos coordenadores e matérias à distância em cursos presenciais.

A inflação em Campo Grande fechou o ano de 2017 em 2,6%, bem abaixo da meta inflacionária de 4,5%, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), conforme o Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais (Nepes) da Uniderp. O índice foi o menor da série histórica do Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC-CG) desde 2006, quando ficou em 2,29%. O resultado incluiu também a inflação de dezembro, 0,42%, segundo maior porcentual em 2017, só inferior ao de 0,43% registrado em janeiro do ano passado. "A inflação ainda permanece controlada, o que indica que as medidas econômicas tomadas pelas autoridades estão surtindo os efeitos esperados. Também há que se que considerar que, em 2017, o Brasil colheu uma supersafra de grãos, o que possibilitou a estabilização e até a baixa em alguns produtos do grupo Alimentação, favorecendo a queda da inflação. Outros motivos são o alto desemprego no país, os juros ainda elevados e o grande endividamento da população, reduzindo a demanda, inclusive, em produtos de alimentação", explica o coordenador do Nepes-Uniderp, Celso Correia de Souza.