A Polícia Federal deflagrou hoje em Dourados a Operação Make-up Accounts para cumprir mandado de busca e apreensão em investigação que teve início a partir de denúncia da Fundação de Apoio ao Ensino e Extensão (Funepe) e da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) sobre desvio de recursos federais destinados à educação.
Leia maisAs instituições federais de ensino em Mato Grosso do Sul terão quase R$ 26 milhões bloqueados pelo governo federal depois que o Ministério da Economia resolveu bloquear na semana passada 14,5% das verbas do setor para despesas de custeio e investimento do governo federal. As instituições classificação como "crítica" a situação.
Leia maisO corte de 30% no repasse de verbas às universidades e institutos federais anunciados pelo Ministério da Educação nesta semana reduz em pelo menos R$ 77,4 milhões os repasses neste ano às três instituições de Mato Grosso do Sul. A UFMS anunciou ontem que teve R$ 29 milhões bloqueados e enfrentará sérias dificuldades para honrar contratos de manutenção, como pagamentos de energia elétrica, água, telefone, segurança, manutenção e conservação predial. O reitor Marcelo Turine garantiu, entretanto, que a UFMS honrará o pagamento de 100% das bolsas e auxílios a estudantes pelo Plano Nacional de Assistência Estudantil, o PNAES (leia aqui). A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) diz que teve bloqueados R$ 12,4 milhões que, com um corte de R$ 19 milhões no início do mês, somam R$ 31,4 milhões. Em nota (leia aqui) o Instituto Federal (IFMS) informa que o corte na instituição soma quase R$ 17 milhões.
Estudantes e alguns professores fizeram protestos hoje nas universidades federais UFMS, em Campo Grande, e UFGD, em Dourados, contra a ação da Justiça Eleitoral, com base na lei que proíbe o uso de prédios públicos para atos eleitorais em campanha, proibiu ontem eventos denominados "contra o fascismo" em 17 universidades públicas do País, incluindo a Dourados (leia aqui). Os manifestantes alegam que os atos são "pela democracia" e não têm caráter eleitoral contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL). No Twitter, porém, o candidato Fernando Haddad (PT) usou o assunto hoje em sua campanha chamando a ação da Justiça de invasão nas universidades e afirmando que "professores e estudantes não vão se calar até derrotar o soldadinho de araque". Veja abaixo.
Eu quero dizer que não adianta intimidar as universidades, não adianta invadir os campi universitários. A Educação não vai se calar. Os professores e estudantes não vão se calar até derrotar o soldadinho de araque.
— Fernando Haddad 13 (@Haddad_Fernando) 26 de outubro de 2018