O Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu em meio ponto a taxa básica de juros, que caiu para 11,25%, menor patamar desde março de 2022. Foi a quinta redução consecutiva, desde agosto de 2023. Porém, apesar do corte, o site MoneYou mostra que, os juros reais ficaram em 5,95% ao ano no Brasil, só atrás do México (6,49%).

Com o anúncio do comitê do Banco Central de nova redução de 0,5 ponto porcentual na taxa básica de juros, a Selic, que caiu para 12,75%, o Brasil deixou de ser líder global dos juros reais.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou hoje novo corte de 0,25 ponto na taxa básica de juros (Selic), por decisão unânime, que cai para 2% ao ano, a menor da série histórica iniciada em 1999, quando o nível de preços no Brasil passou a ser controlado pelo sistema de metas de inflação. É o nono corte seguido desde agosto do ano passado, quando a Selic estava em 6,5 ao ano. Esperada pelo mercado financeiro, a redução dos juros significa uma reação à atividade econômica que despencou no Brasil, assim como a inflação, com os efeitos da pandemia de Covid-19 que afeta todos os países. Em nota, o Copom informou que a conjuntura continua demandando estímulo monetário "extraordinariamente elevado", mas avisou  que, "se houver", o espaço remanescente para novas quedas na Selic "deve ser pequeno".

O ministro Paulo Guedes (Economia) voltou a gerar polêmica durante discurso. Ao defender que a alta do dólar – que ontem chegou a R$ 4,35, novo recorde – acontece pela combinação de juros mais baixos e contenção do gasto público, o que estimula a produção mesmo desagradando a rentistas e turistas brasileiros no exterior, Guedes afirmou na noite anterior, em Brasília: "O câmbio não está nervoso, mudou. Não tem negócio de câmbio a R$ 1,80. Todo mundo indo para a Disneylândia, empregada doméstica indo para Disneylândia, uma festa danada. Pera aí. Vai passear ali em Foz do Iguaçu, vai passear ali no Nordeste, está cheio de praia bonita".

Depois, Guedes minimizou: "Vamos botar todo mundo para conhecer o Brasil. Eu, de vez em quando, quis dar o exemplo, mas falam: 'ministro diz que empregada doméstica estava indo para Disneylândia'. Não. O ministro estava dizendo que o câmbio estava tão barato que todo mundo estava indo para a Disneylândia, até as classes sociais mais baixas. Todo mundo tem que ir para a Disneylândia conhecer Walt Disney, mas não ir três, quatro vezes ao ano, até porque, com dólar a R$ 1,80, tinha gente indo três vezes ao ano". E reforçou: "é melhor termos juros a 4% e câmbio a R$ 4 do que câmbio a R$ 1,80 e juros de 14%, nas alturas".

Paulo Guedes também citou a polêmica gerada após seu outro discurso, na semana passada, quando comparou servidores públicos a parasitas. Repetiu que a fala foi tirada de contexto e disse que o Estado se torna parasitário quando tem mais de 95% do orçamento comprometido com pagamento de salários. "Não estava me referindo a pessoas, que são sérias. Estava falando do ente público".

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central baixou hoje de 5% para 4,5% ao ano a taxa de juros básicos, que agora é a menor da série histórica do BC iniciada em 1986. Em comunicado, o Copom indicou que será cauteloso e deve manter a taxa de 4,5% por longo período, avaliando as condições da economia. O BC reiterou a necessidade de continuidade nas reformas estruturais da economia brasileira para que os juros permaneçam em níveis baixos. A taxa serve de referência para a cobrança de juros em financiamentos e para remuneração de aplicações financeiras. O presidente Jair Bolsonaro escreveu no Twitter: "Essa é a menor taxa de nossa história. Com esses percentuais economizaremos, a título de juros, aproximadamente R$ 110 bilhões em 2020."

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central cortou hoje mais meio ponto percentual da taxa básica de juros e reduziu a Selic de 6% para 5,5% ao ano, menor índice da história. A decisão confirmou a previsão do mercado, que aposta em novos cortes e avalia que a taxa deva chegar a 5% até o fim do ano, diante da baixa previsão de inflação de apenas 3,6% para 2020. A próxima reunião do colegiado é prevista para o dia 30 de outubro. "É a Economia dando certo", disse Jair Bolsonaro ao anunciar a nova taxa no Twitter.

A Caixa Econômica Federal, que A Caixa concentra cerca de 70% do crédito imobiliário no país, anunciou ontem redução de suas taxas de juros para novos contratos de financiamento de imóveis e lançou um programa de renegociação de financiamento imobiliário em atraso no valor de R$ 10,1 bilhões. A taxa mais alta do banco caiu de 11% ao ano mais a Taxa Referencial (TR) para 9,75% ao ano mais a TR (atualmente em zero). A mais baixa, paga por clientes da Caixa, passou de 8,75% ao ano mais TR para 8,5% ao ano mais TR. O banco unificou as taxas do SFH, voltado para imóveis de menor que usa recursos do FTS, e do SFI, destinado a imóveis com valor acima de R$ 1,5 milhão. Por abranger unidades mais caras, o SFI cobrava juros mais altos que o SFH. As novas taxas valerão para compra de imóvel novo ou usado, de terreno para construção, para construção em terreno próprio, ampliações e reformas. 

Na sua última reunião antes das eleições presidenciais, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu ontem, pela quarta vez seguida, manter a taxa básica de juros em 6,5%, menor índice desde que a Selic passou a ser usada em 1996. A decisão já era esperada pelo mercado. A alegação é a de que, apesar das turbulências no mercado financeiro e da desvalorização do Real, as projeções de inflação seguem em trajetória relativamente tranquila. Mas o BC indicou que a taxa pode subir se o cenário piorar. Para o fim do ano, já surgem apostas entre analistas do mercado de até 7,5% na taxa, diz o Estadão.