As exportações de Mato Grosso do Sul cresceram 17,4% em janeiro deste ano em relação a janeiro do ano passado, saindo de US$ 578,725 milhões para US$ 679,520 milhões, com destaque para a celulose, soja e minério de ferro.

Tendo o agronegócio como carro-chefe, as exportações de Mato Grosso do Sul atingiram o valor recorde de US$ 10,517 bilhões e cresceram 28,1% de janeiro a dezembro de 2023 em comparação ao ano anterior. 

A produção de grãos na safra 2022/23 no Brasil é estimada em 322,8 milhões de toneladas, acréscimo de 50,1 milhões de toneladas em relação ao ciclo 2021/22. A alta de 18,4% consolida estimativa recorde de produção no país, conforme dados do 12º Levantamento da Safra de Grãos, divulgado hoje pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). 

Com a recuperação nas produções de soja em Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul, o Brasil deve ter uma safra recorde de grãos, cereais, leguminosas e oleaginosas em 2023, conforme estimativa divulgada hoje pelo IBGE.

As primeiras projeções para a produção de grãos da safra 2022/23 apontam uma colheita de 308 milhões de toneladas, conforme dados divulgados pela Conab. A produtividade do ciclo 2022/23 da soja deve apresentar recuperação em relação a atual safra após os problemas climáticos registrados nos estados do Sul do país e em parte de Mato Grosso do Sul.

Em visita a Naviraí (MS) na quinta-feira, a ministra Tereza Cristina (Agricultura), se dispôs a avaliar caso a caso dos agricultores prejudicados com a estiagem, que impactou o desenvolvimento das lavouras de soja. Estes deverão encaminhar seus relatos de dificuldades financeiras para a  Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja-MS), que encaminhará com urgência ao Mapa para avaliação, na busca por alternativas.

Dourados ultrapassou Campo Grande e assumiu em 2020 a segunda posição dentre os municípios de Mato Grosso do Sul com maior volume de exportações. A Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) atribui o fato à política de desenvolvimento econômico adotada pelo governo estadual refletindo em investimentos privados que diversificam e agregam valor à matéria-prima local. Cita a Coamo, indústria de soja inaugurada no fim de 2019, que levou Dourados a aumentar em 2.734% o volume de farelo de soja exportado no ano passado, em 251% as de óleo de soja e em 53% o de grãos de soja. O município também aumentou exportações de carnes suína, bovina e de aves. "MS foi escolhido para receber o complexo industrial da Coamo, considerado o maior investimento em esmagamento de soja no país, por ter um ambiente de negócios seguro e competitivo", diz o secretário da Semagro, Jaime Verruck.

DEZ MAIORES EXPORTADORES DE MS – Conforme dados divulgados pela Semagro ontem, dez municípios respondem por 83,5% de tudo o que é enviado de MS para outros países. Três Lagoas (com 41,8% de participação) lidera o ranking devido à celulose, seguido por Dourados (11,9%), Campo Grande (9,12%), Corumbá (4,84%), Chapadão do Sul (3,86%), Naviraí (3%), Bataguassu (2,52%), Sidrolândia (2,26%), Antônio João (2,21%) e Itaquiraí com 1,91% do total de exportações.

Mato Grosso do Sul fechou 2019 com R$ 20,5 bilhões em exportação, consolidando esses produtos com a soja e a carne bovina os principais enviados pelo estado ao mercado externo, conforme dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, compilados na Carta de Conjuntura elaborada pela Semagro. Os destaques foram o aumento de 3,7% na venda de celulose, responsável por 37% das exportações, fruto do investimento em indústrias em Três Lagoas; e aumento de 409% na venda do milho, graças à safra recorde. A soja representou 21,6% do total exportado, em uma queda de 41,3%. O secretário Jaime Verruck, da Semagro, explica que isso ocorreu em 2019 e deve se repetir em 2020 porque aumentou o esmagamento de soja no mercado interno. "A atividade de novas indústrias neste ano vai aumentar o processamento de soja internamente, como a Coamo em Dourados. Isso é positivo, pois a operação dentro do estado gera impostos e agrega valor à cadeia". No caso do milho, afirmou, a tendência também é aumentar o consumo interno nos próximos anos, com expansão da avicultura e suinocultura. Apesar da queda de 21% em 2019, devido a redução na importação de soja, a China segue sendo o principal comprador de MS, com 41% do mercado. As vendas do estado para o Japão cresceram 290% e para os Estados Unidos 64% no ano passado.