O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso Sul (Sinmed-MS) divulgou hoje à imprensa que tem recebido constantes queixas de médicos sobrecarregados com a alta demanda de trabalho da Santa Casa de Campo Grande. Em nota, o presidente do sindicato, Marcelo Santana, diz que vários outros fatores também contribuem para a estafa médica, como "salários atrasados há meses, FGTS sem recolher desde 2018, pacientes em casos extremamente graves e poucos profissionais atuando". Esses problemas acumulados podem afetar a qualidade dos atendimentos, diz Santana, frisando que o Sinmed-MS tem cobrado da diretoria do hospital soluções e vai levar ao Ministério Público Estadual todas as denúncias levantadas. "Temos o compromisso de fazer o melhor para preservar a vida humana, mas precisamos ter o mínimo de atenção para a nossa saúde também. Sem ela, ao invés de sermos ajuda, seremos mais um paciente a ser tratado", diz o presidente.

O comércio de Campo Grande começou a contratar trabalhadores temporários para reforçar o atendimento de clientes para as vendas de final de ano. A previsão do Sindicato dos Empregados no Comércio local (SECCG) é de que até dezembro devam ser contratados de 1.700 a 2.400 pessoas, o que corresponde de 5% a 7% dos 35 mil comerciários da cidade. "Temos uma expectativa muito grande do retorno do aquecimento comércio da cidade, nesta fase em que a pandemia parece estar chegando ao fim", diz o presidente do sindicato, Carlos Sérgio dos Santos. "Não temos dúvida de que a cidade vai voltar a crescer e não só recuperar os empregos perdidos como também abrir novas oportunidades de trabalho em todas as áreas", avaliou.

Neste fim de semana que antecede a visita de Jair Bolsonaro a Corumbá, dois outdoors colocados na cidade e um no município vizinho de Ladário, que associavam a imagem do presidente às mortes pela covid-19, foram derrubados na madrugada de sábado. Os cartazes foram pagos pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais em Educação (Sinasefe) - Regional de Mato Grosso do Sul, que registrou boletim de ocorrência sobre o caso. O representante local do Sinasefe-MS, Thiago Thomaz Assis, disse ao Diário Corumbaense ter sido informado que um grupo de pessoas vestindo roupas escuras e toucas ninja, que ele chamou de "vândalos que não aceitam a democracia", serraram as bases das placas e destruíram os cartazes. Bolsonaro vai a Corumbá amanhã para inaugurar no aeroporto local um radar da FAB que visa monitorar aeronaves na região de fronteira com a Bolívia. O presidente também deve visitar Campo Grande e Nioaque.

O Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho (SRCG) iniciou uma rodada de reuniões com pré-candidatos à prefeitura da Capital para apresentar propostas de apoio e desenvolvimento ao setor agropecuário da região. Até agora as propostas da entidade, que poderão ser incluídas nos planos de governo, foram entregues a três pré-candidatos: Esacheu Nascimento (Progressistas), Marcelo Miglioli (Solidariedade) e ao atual prefeito Marquinhos Trad (PSD), representado por seu secretário de Desenvolvimento Econômico, Herbert Assunção. "Optamos por nos reunirmos com os pré-candidatos de forma antecipada, pensando na efetividade da ação e de oferecer tempo hábil aos candidatos para incluírem nossas demandas em suas propostas. Além de estratégico, isso nos permitirá cobrar e desenvolver em conjunto os projetos da próxima gestão da nossa Capital", diz o presidente do SRCG, Alessandro Coelho, informando que outros pré-candidatos serão convidados para reuniões com diretores do sindicato e receberem as demandas.

Projeto que libera bombas de autosserviço – operadas pelo próprio consumidor – nos postos de combustíveis do Brasil preocupa trabalhadores do setor. O presidente do sindicato da categoria em Mato Grosso do Sul (Sipospetro-MS), José Helio da Silva, classifica a proposta como "verdadeira bomba" que pode eliminar 7 mil empregos diretos apenas no estado, e pretende pedir ajuda da bancada federal. Autor da proposta, o deputado Vinicius Poit (Novo-SP) admite que o sistema adotado nos Estados Unidos desde a década de 1950 reduz o custo do empresário com empregados e, assim, poderá reduzir o preço dos combustíveis. Em trâmite na Câmara, o PL 2302/19 será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Minas e Energia; e na CCJ. Isso significa que não precisa passar por votação no plenário, a não ser que haja recurso neste sentido com assinatura de 52 deputados.

Em ato alusivo ao Dia do Trabalho em Campo Grande, ontem, dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Fundação Universidade Federal e Institutos Federais de Ensino de Mato Grosso do Sul (Sista-MS) criticaram a "apatia" da reitoria da UFMS, que não se manifestou contra o corte de 30% no orçamento das universidades e institutos federais de todo o Brasil para o segundo semestre, anunciado na terça-feira pelo MEC. "Nossa universidade não se manifesta. Insiste em permanecer apática, passiva, como se não quisesse criar desconforto ao governo, mesmo sofrendo pesados cortes em seu orçamento", disparou a coordenadora-geral do Sista-MS, Cléo Gomes. Ela citou que a reitoria também não se manifestou sobre os cortes em verbas aos cursos de filosofia e sociologia, fundamentais à formação de cidadãos críticos. Em nota hoje à imprensa, a direção do sindicato diz que essas medidas do governo "são apenas o começo de outras investidas para acabar com as universidades públicas no país".