O deputado Marcio Fernandes (MDB) apresentou requerimento na Assembleia questionando a Fundação Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) por usar "linguagem neutra" e anunciar cotas de vagas para travesti, transexuais e quilombolas, criando um sistema de “sobrevagas”.

Em dificuldades para atender comunidades indígenas e quilombolas e manter os cuidados básicos dessas populações, onze prefeitos de Mato Grosso do Sul foram recebidos ontem em Campo Grande pelo presidente da Assembleia, Paulo Corrêa (PSDB), que se comprometeu a marcar uma reunião do grupo com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, quando também vão pedir apoio sobre a regularização fundiária de assentamentos rurais. Liderada pelo prefeito Valdir Júnior, de Nioaque, a comitiva inclui os prefeitos Ricardo Fávaro Neto, de Itaquiraí; Donizete Barraco, de Terenos; Marcelo Ascoli, de Sidrolândia; Reinaldo Pitti, de Bela Vista; Marcelo Iunes, de Corumbá; Dr. Bandeira, de Amambai; Andre Nezi, de de Caarapó; Derlei Delevatti, de Porto Murtinho; Jair Scampini, de Guia Lopes da Laguna; e Adilsom Souza, de Dois Irmãos do Buriti.

A demarcação de terras indígenas e quilombolas agora são de responsabilidade do Ministério da Agricultura, comandado pela sul-mato-grossense Tereza Cristina, conforme medida provisória editada ontem pelo presidente Jair Bolsonaro. A mudança já provoca críticas da oposição em Mato Grosso do Sul. O deputado estadual Pedro Kemp (PT) disse hoje que Bolsonaro "está cumprindo o que prometeu, ou seja, não ceder mais nenhum centímetro de terra para as comunidades indígenas". "O que fez, na verdade, foi submeter as demandas dos índios aos interesses dos ruralistas e do agronegócio", afirmou. Na avaliação de Kemp, a medida "vai resultar num agravamento das condições de vida das comunidades, bem como o acirramento dos  conflitos agrários".