Três filhos do ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf foram condenados pela juíza Silva Maria Rocha, da 2ª Vara Federal Criminal da cidade, por lavagem de dinheiro. Flavio Maluf pegou oito anos em regime fechado e suas irmãs, Ligia Maluf Curi e Lina Maluf Alves da Silva, pegaram quatro anos em semiaberto. Os três podem recorrer em liberdade. Na ação, iniciada há 12 anos, o MPF acusava os irmãos de operações financeiras no exterior para lavar dinheiro desviado de obras na Avenida Água Espraiada (atual Av. Jornalista Roberto Marinho) durante a gestão do pai como prefeito, entre 1993 e 1996. O site G1 informa que a obra feita pelas construtoras Mendes Júnior e OAS teve seu valor triplicado, chegando R$ 796 milhões.

A Mesa Diretora da Câmara decidiu hoje, por unanimidade, cassar o mandato do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), condenado em 2017 pelo Supremo a 7 anos e 9 meses de prisão em 2017, acusado de usar contas no exterior para lavar recursos desviados da Prefeitura de São Paulo, quando foi prefeito de 1993 a 1996. A defesa de Maluf afirmou, em nota, que a Mesa "não tem o direito de cassar nenhum mandato", prerrogativa "exclusiva" do plenário da Casa. Ao determinar a execução da pena, o STF também decidiu pela perda automática do mandato, já que, preso, Maluf não poderia comparecer às sessões da Câmara. Com isso, bastaria a cassação pela Mesa Diretora, mas a Câmara vinha adiando a medida por divergências sobre o entendimento do caso, porque a Constituição também diz que, em condenação criminal, a cassação de mandato deve ser analisada pelo plenário da Casa. Maluf, de 86 anos, começou a cumprir a pena em dezembro do ano passado, no presídio da Papuda, em Brasília, e está em regime domiciliar desde março, por decisão do ministro Dias Toffoli. (Com G1)

O ministro Dias Toffoli, do Supremo, concedeu nesta tarde prisão domiciliar ao deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), que estava preso na Penitenciária da Papuda, em Brasília, desde 20 de dezembro, quando se entregou à Polícia Federal. A decisão de Toffoli ocorre após o deputado ter sido internado no Hospital Ortopédico e Medicina Especializada (Home) na capital federal, na madrugada de hoje, com quadro de forte dor na região lombar, irradiada para o membro inferior direito. Ao divulgar a soltura de Maluf, o site O Antagonista observou que é "o esquenta" de Toffoli para ocupar a presidência do Supremo no lugar de Cármen Lúcia, a partir de setembro.

Condenado pelo Supremo a sete anos de prisão por lavagem de dinheiro oriundo de propina de contratos com empreiteiras quando era prefeito de São Paulo, de 1993 a 1996, o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), de 86 anos, se apresentou hoje à Polícia Federal, em São Paulo, um dia depois de o ministro do STF, Edson Fachin, determinar o início imediato do cumprimento da pena. O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, informou que vai entrar recorrer ainda hoje e pedir à presidente da Corte, Cármen Lúcia, para reverter a decisão que negou a última apelação de seu cliente. Em nota, Kakay diz que por ter recebido um voto favorável por sua absolvição na Primeira Turma do STF, o deputado deveria ter direito a recorrer ao plenário. "Confiamos que a presidência do tribunal devolverá o direito do deputado de ver seu recurso ser analisado pelo pleno do Supremo" disse Kakay. O advogado Ricardo Tosto também alega que Maluf, além da idade avançada, enfrenta um câncer na próstata, e pedirá prisão domiciliar.