O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) manteve decisão que obriga a Prefeitura de Campo Grande a tombar o Edifício José Abrão, primeiro prédio de três andares da cidade o onde funcionou o antigo Hotel Americano.

O Banho de São João de Corumbá e Ladário, cidades de Mato Grosso do Sul às margens do Rio Paraguai na fronteira com a Bolívia, foi reconhecido hoje como patrimônio imaterial do Brasil, em aprovação unânima durante a 95ª Reunião do Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Com isso, Mato Grosso do Sul passa a ter um bem imaterial exclusivo, já que o registro do Modo de Fazer a Viola-de-Cocho é compartilhado com vizinho Mato Grosso. O reconhecimento acontece onze anos depois do pedido inicial feito pela Prefeitura de Corumbá em 2010, após uma série de estudos e pesquisas feitos pelo Iphan com apoio do Município e da UFMS. O presidente da Fundação da Cultura de Corumbá, Joílson Silva da Cruz, disse que o reconhecimento do Iphan facilitará a captação de recursos. "As portas se abrem", afirmou. Desde o ano passado o evento presencial está suspenso devido à pandemia de covid e neste ano a prefeitura avalia fazer algo online. "Até o final dessa semana teremos uma decisão", afirmou Joilson da Cruz.

Se você tiver fotos antigas, vídeo ou algum outro registro da Igreja de São Benedito e da Comunidade Tia Eva, em Campo Grande, publique no Facebook ou Instagram marcando @projetotiaeva ou mande pelo direct. A campanha foi lançada nesta semana pelo grupo responsável pelo projeto de restauração da igreja, já que o Arquivo Histórico de Campo Grande (Arca) só tem uma foto dos anos 2000 e na comunidade também não há fotos mais antigas. A igreja foi fundada pela ex-escrava Eva Maria de Jesus, em 1919, como promessa após ser curada de uma grave doença. Em 26 de abril de 2008, a Fundação Cultural Palmares concedeu a Certidão de Autodefinição como Comunidade Remanescente de Quilombos aos descendentes de Tia Eva. Em 1996 a igreja foi tomaba pelo Município e em 1998 ocorreu o tombamento definitivo como parte do Patrimônio Histórico de Mato Grosso do Sul. O projeto de restauração foi selecionado no edital de 2019 do Fundo Municipal de Incentivo à Cultura (FMIC), da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur) da Prefeitura de Campo Grande e receberá verba de R$ 128 mil para seu desenvolvimento.

"O Colégio Modelo é um espaço histórico que precisa ser conservado, restaurado, mantido e preservado para que seja contada a história, não apenas da instituição, mas da cidade da região do Pantanal", diz o deputado estadual Amarildo Cruz (PT) que apresentou hoje na Assembleia projeto legislativo visando o processo inicial de tombamento do prédio da antiga Escola Modelo Antônio Corrêa, na cidade de Aquidauana. Construído em 1930, o prédio agora abriga a Casa da Juventude. Se aprovado, o projeto será encaminhado à Fundação de Cultura (FCMS) para execução do processo de proteção histórica.