A partir do dia 22 deste mês, quem estacionar em ruas da região central de Campo Grande não terá de pagar o parquímetro.

A Flexpark, contratada pela prefeitura para cobrar de quem estaciona nas ruas centrais de Campo Grande por meio de parquímetros, foi multada pelo Procon-MS em R$ 46,2 mil por irregularidades na cobrança do serviço.

Estacionar na rua em Campo Grande está 20% mais caro a partir de hoje em vias exploradas com parquímetros pela Flexpark. O valor da hora parada passou de R$ 2 para R$ 2,40 depois de a Metropark, empresa que explora o serviço municipal e pedia que o valor chegasse a R$ 3, ganhar uma queda-de-braço judicial travada desde o ano passado com a agência municipal de regulação, a Agerec, por decisão do desembargador Marcos José de Brito Rodrigues, da 2ª Câmara Cível do TJMS.

A cobrança do estacionamento rotativo nas ruas centrais de Campo Grande por meio de parquímetros não poderá mais ser feita aos sábados, a partir de amanhã, dia 10 de março, pela Metropark Administração Ltda. A Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) notificou a empresa que explora o Flexpark ontem, depois de receber advertência do promotor de justiça Luiz Eduardo Lemos de Almeida e do superintendente do Procon-MS, Marcelo Salomão. O motivo é que o contrato de concessão do serviço prevê a cobrança pelo estacionamento das 8h às 18h, de segunda à sexta-feira, de modo que a cobrança de tarifa aos sábados, ainda que contida em instrumento particular firmado em 2006, não poderia ocorrer sem que houvesse, em contrapartida, o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão, com a redução do valor da tarifa, diz em nota o Ministério Público Estadual.

A velha lenda urbana da suposta parceria da Agetran com a empresa FlexPark volta a assombrar a área central de Campo Grande, onde os "amarelinhos" voltaram a ficar atiçados na fiscalização de quem não paga taxa nos parquímetros para estacionar na rua, observa o jornalista Geraldo Duarte Ferreira que enviou hoje a foto acima para ilustrar a eficácia da ação. Enquanto isso, infrações diversas, como a de veículos estacionados nas esquinas atrapalhando a visão dos demais condutores nos cruzamentos e colocando vidas em risco, continuam brotando feito capim. Essas assombrações coletivas, curiosamente, nenhum fiscal de trânsito parece conseguir enxergar.