Mato Grosso do Sul ultrapassou neste início de semana a marca de um milhão de moradores vacinados com a primeira dose de vacinas contra a covid-19, mais de um terço de sua população adulta. Conforme a Secretaria de Estado de Saúde, do total de 1.447.560 de doses de vacinas enviadas desde o início do ano pelo Ministério da Saúde ao estado – entre Coronavac, AstraZeneca e da Pfizer – foram aplicadas 1.397.003, sendo 1.008.514 como primeira dose e 388.489 como segunda dose. O secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, disse que os números refletem os esforços do Governo do Estado junto com os municípios e afirmou que espera atingir até setembro deste ano entre 70% a 80% dos sul-mato-grossenses vacinados, mas lembrou que isso depende do envio de doses pelo governo federal. Em Campo Grande, por exemplo, a vacinação está suspensa por falta de de vacinas.
Mesmo com o início da bandeira cinza (grau extremo) do Prosseguir que começaria a vigorar hoje em Campo Grande e outras 42 cidades de Mato Grosso do Sul tendo sido adiado de hoje para domingo, a pedido dele e de outros gestores municipais, o prefeito Marquinhos Trad (PSD), da Capital, reclamou nesta sexta-feira sobre o decreto do Governo do Estado para conter a circulação de pessoas e o avanço da covid-19 no estado. "Essa decisão do Supremo de tirar autonomia dos municípios é muito maléfica", disse Trad ao Campo Grande News. "Não pode mudar da noite para o dia a cor da bandeira. Sou a favor da vida, seguimos todos os decretos há 14 meses. Quero cumprir porque eu sou a favor da ciência, acredito que estejamos na bandeira cinza, mas preciso de um prazo de pelo menos três dias. Senão vai ser um decreto para inglês ver, não vamos conseguir fiscalizar", declarou. O prefeito alega que comerciantes foram pegos de surpresa, após preparem estoques para o Dia dos Namorados, e voltouu a dizer que a pandemia é "estável" na Capital e que hospitais da cidade ficam lotados por causa de pacientes vindos do interior. "A situação é crítica no interior. As pessoas que estão indo para fora não são da Capital", declarou.
O juiz Octávio O. Saboia Ribeiro, da 3ª Vara Cível de Cuiabá (MT) enviou ofício ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Mato Grosso do Sul pedindo informações sobre investigação que apura a conduta de três advogados de Iguatemi (MS) acusados de praticar advocacia predatória. Juntos, eles somam 78.610 ações contra instituições financeiras. Um banco que é alvo de uma das ações levantou que os advogados movem processos em todo o país e figuram entre os maiores litigantes individuais contra instituições financeiras do Brasil, somando 78.610 ações. Conforme o banco, o caso está sendo investigada pelo Gaeco-MS que apura possível crime de estelionato, apropriação indébita, lavagem de capitais e organização criminosa. Diante disso, o juiz cuiabano pediu informações sobre o inquérito, informa o site Migalhas jurídicas.
Lideranças políticas reforçaram o pedido dos prefeitos de Mato Grosso do Sul (leia aqui) para que o Ministério da Saúde destine ao estado 1,8 milhão das 3 milhões de doses da vacina Janssen, de dose única contra covid-19, que deverão chegar ao Brasil na semana que vem. Como essas doses da vacina da Johnson & Johnson têm prazo de validade a vencer no dia 27 deste mês, os prefeitos alegam que MS tem capacidade de usar todas as doses em 48h para imunizar toda a população adulta do estado, evitando o risco de perda de doses. Porém, apesar dos vários apelos, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Paulo Corrêa, anunciou hoje que o governo federal garantiu só o envio de 31 mil doses a MS, conforme cota proporcional por população de cada estado. Mesmo assim, Corrêa disse que o deputado Coronel David (sem partido), que é ligado ao presidente Jair Bolsonaro, seguirá insistindo junto ao Planalto pela liberação de mais doses. Em Brasília, os senadores de MS – Nelsinho Trad (PSD), Soraya Thronicke (PSL) e Simone Tebet (MDB) – foram ao ministério pela manhã reforçar o pedido, mas saíram só com a promessa de a pasta avaliar a possibilidade de enviar 126 mil doses excedentes ao estado. Veja o vídeo.
Lei n.º 5.671 assinada pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) que autoriza a alienação de armas por parte de órgãos da segurança pública de Mato Grosso do Sul para venda direta e exclusiva aos seus integrantes, após aposentadoria, foi publicada hoje no Diário Oficial do Estado. As armas liberadas são as usadas em serviço por integrantes da Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar e demais instituições das forças de segurança pública estaduais. A lei veda a alienação de armas que estejam em uso e cuja venda ao servidor possa prejudicar a prestação do serviço público à população. Os recursos provenientes da alienação das armas serão destinados ao Fundo Especial de Reequipamento da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Funresp-MS).