Donos das maiores bancadas federais, o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, e o PT, do presidente Lula, terão as maiores fatias do bolão recorde do fundo eleitoral para campanhas das eleições deste ano que vão eleger vereadores e prefeitos em todo o Brasil. 

Na primeira grande vitória do governo Lula no Congresso, a Câmara aprovou com 372 votos a favor e 108 contrários o projeto que institui o novo arcabouço fiscal. Dos oito deputados de Mato Grosso do Sul, cinco votaram a favor e três contra. 

O governo do presidente Lula decidiu pagar R$ 9 bilhões em emendas do orçamento secreto negociadas pelo antecessor, Jair Bolsonaro (PL). Na campanha eleitoral, Lula criticou o orçamento secreto do governo Bolsonaro, chamando-o de “maior esquema de corrupção da história”. 

Um dia depois da promulgação da PEC da Transição, que abriu espaço no Orçamento para alterar o teto de gastos, o Congresso Nacional aprovou hoje o relatório do senador Marcelo Castro (MDB-PI) à proposta orçamentária para 2023. Entre outros pontos, o salário mínimo em 2023 será um pouco maior a partir de 1º de janeiro, de R$ 1.320.

O Supremo decidiu hoje, por seis votos a cinco, considerar inconstitucional o chamado "orçamento secreto", emendas parlamentares cuja distribuição de recursos é definida pelo relator do Orçamento, sem critérios claros ou transparência. 

Vereadores de Campo Grande aprovaram hoje o Orçamento de 2023 do Município que prevê despesas de R$ 5.481.631,265 para o próximo ano, um aumento de 14,2% em relação aos R$ 4.798.631,650 previstos na lei orçamentária deste ano.

Deputados estaduais aprovaram hoje o projeto do Orçamento do Estado de Mato Grosso do Sul para 2023, com previsão de receita de R$ 22,03 bilhões, 19,24% maior em comparação ao deste ano, de R$ 18,475 bilhões. A proposta vai passar por redação final, antes de seguir à sanção do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). 

O aumento no valor do fundo eleitoral dos já absurdos R$ 2 bilhões para R$ 3,8 bilhões para o ano que vem, aprovado por deputados e senadores ontem na Comissão Mista de Orçamento do Congresso, vai turbinar o caixa dos partidos e prejudicar serviços à população, obrigada a bancar todas as despesas. "Infelizmente, ontem, nós fomos surpreendidos para a retirada de R$ 500 milhões da saúde, do Orçamento, para poder alocar no fundo eleitoral, sendo que a saúde, eu tenho certeza, os prefeitos estão aqui, vai ser o principal tema da eleição de 2020 em todos os municípios", disse hoje o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em Bento Gonçalves (RS), onde integrou a comitiva de Jair Bolsonaro na 55ª Cúpula do Mercosul. Conforme a Agência Brasil, o ministro pediu que o aumento seja revisto e os recursos para a saúde restituídos ao Orçamento. Os principais beneficiados com o aumentão são o PT e do PSL, que terão quase 20% do total, cerca de R$ 730 milhões, para distribuir aos seus candidatos a prefeituras e cadeiras de vereador, o que lhes assegura ampla vantagem em relação a outros partidos.

O ministro Educação, Abraham Weintraub, anunciou hoje a liberação de 100% orçamento das universidades e institutos federais. O titular do MEC afirmou, graças à articulação do governo, não houve "interrupção de serviço nenhum no Brasil, apesar de uma situação dramática do ponto de vista fiscal", disse que as "coisas estão funcionando e entrando nos eixos" e que está "tomando essa medida hoje, porque a perspectiva econômica é, sim, muito boa". O secretário executivo do MEC, Paulo Vogel, disse que estão sendo liberados R$ 1,1 bilhão dos R$ 19,6 bilhões previstos para despesas discricionárias. No Twitter, Jair Bolsonaro publicou os vídeos abaixo do ministro anunciando a liberação dos recursos e a adesão de 600 municípios às escolas cívicos militares, e escreveu: "Pegamos um orçamento esfacelado, contudo vamos organizando o Brasil".