Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, disse em acordo de delação que pagou propina de R$ 1 milhão ao ministro Humberto Martins, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), informa a Folha de S.Paulo. O pagamento teria ajudado a empreiteira com recurso especial que tramitava na corte sobre obra da OAS na Bahia. Martins, atual corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), nega as acusações e qualquer envolvimento com a empresa. A colaboração do empresário aguarda aval do ministro Edson Fachin, responsável pela Lava Jato no Supremo, diz o jornal.

O juiz Sérgio Moro marcou para o dia 15 de maio o leilão do tríplex atribuído a Lula. O lance mínimo é de R$ 2,2 milhões. Caso não haja interessados, haverá novo leilão uma semana depois, no dia 22, pelo lance mínimo de 60% do valor – R$ 1,32 milhão. O imóvel no Guarujá, no litoral paulista, teria sido cedido pela OAS ao ex-presidente como recompensa a favorecimentos à construtora em obras, conforme acusação do MPF que resultou na condenação do petista, pelo juiz, decisão confirmada pelo TRF4.

Se enganou quem imaginou que a denúncia contra Michel Temer foi a última flechada de Rodrigo Janot. Em seu último dia útil no cargo ontem, quando ganhou de procuradores e funcionários da Procuradoria Geral da República um arco e flecha dos índios Xokó do Sergipe por ter dito sobre seus últimos dias na PGR que "enquanto houver bambu, lá vai flecha", o procurador-geral entregou ao Supremo a colaboração premiada de executivos da OAS, que incluem documentos e gravações como provas, que pode complicar ainda mais a situação dos ex-presidentes Lula e Dilma e de aliados de Temer. Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS preso na Lava-Jato, compromete Lula no caso do tríplex e do sítio, além de envolver os senadores tucanos Aécio Neves e José Serra, diz a manchete de hoje do jornal O Globo. Janot segue no cargo até este domingo, véspera da posse de Raquel Dodge, que assumirá a função de procuradora-geral da República na segunda-feira.