O Governo de Mato Grosso do Sul, por meio do Instituto de Meio Ambiente de MS (Imasul), coordenará fiscalização preventiva nesta semana das barragens de rejeitos de minério de ferro em Corumbá para checar a segurança da área, considerando os impactos humanos e ambientais causados pelo rompimento da barragem em Brumadinho (MG). O grupo integrado pelo Ibama, Bombeiros, Defesa Civil, Polícia Militar Ambiental (PMA), Agência Nacional de Mineração (ANM) e Sudeco se reuniu hoje na sede do Imasul em Campo Grande. Nesta terça-feira, a comissão vai ouvir as mineradoras Vale, MMX e Vetorial para conhecer os planos de monitoramento das barragens; e na quarta e quinta-feiras fará vistorias na Morraria do Urucum, reserva de ferro e manganês em Corumbá, na região do Pantanal. "O Estado quer ter essa segurança em relação às barragens de Corumbá, onde três das dez em atividades são de alto risco", disse o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, após a reunião coordenada pelo presidente do Imasul, Ricardo Éboli.

Critiado por ambientalistas e artistas, o governo de Michel Temer mudou o decreto que liberou a exploração de minérios por empresas privadas em 47 mil km² na Amazônia. A reserva, no Amapá, segue extinta, mas um novo decreto detalha como será a exploração mineral e explicita que as áreas de preservação ambiental e indígena dentro da reserva seguirão protegidas. Para especialistas ouvidos pela Folha de S.Paulo, a medida foi uma resposta à opinião pública, mas, na prática, nada mudou.