Ao lado da ministra Tereza Cristina (Agricultura), Jair Bolsonaro começou sua live semanal nas redes sociais ontem pedindo votos para a candidata Subtenente Edilaine (DEM) que disputa uma vaga de vereadora em Campo Grande; para o filho Carlos Bolsonaro, que disputa a reeleição para vereador no Rio de Janeiro; e para candidatos de outras duas capitais: São Paulo e Boa Vista (RR). No vídeo feito depois de visitar o Maranhão, o presidente criticou a administração do governador Flávio Dino (PCdoB) e lamentou o fato de a também comunista ex-deputada Manuela D'Ávila estar liderando as pesquisas para prefeita de Porto Alegre (RS). "Votar numa candidata do PCdoB é o fim da picada", disse aos eleitores da capital gaúcha. Depois, Bolsonaro também pediu votos para candidatos às prefeituras de algumas capitais, como Celso Russomano (SP) e o prefeito Marcelo Crivella (RJ). Veja o vídeo compartilhado por Tereza Cristina no Twitter em que ela fala sobre o setor agropecuário e o presidente volta a defender temas polêmicos, como o uso da cloroquina contra covid, vacina não obrigatória e teve um acesso de tosse.

A ex-deputada Manuela D'Ávila (PCdoB), que foi vice na chapa do petista Fernando Haddad nas últimas eleições presidenciais, está na liderança isolada da disputa pela Prefeitura de Porto Alegre com 24% das intenções de voto, diz pesquisa Ibope divulgada ontem pela RBS, rede gaúcha afiliada da Globo. Na disputa pela segunda vaga de um suposto segundo turno aparece José Fortunati (PTB), com 14%; Sebastião Melo(MDB), 11%; o atual prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB), 9%; Juliana Brizola (PDT), 5%; João Derly (Republicanos), 4%; Fernanda Melchionna (PSOL) e Valter Nagelstein (PSD), ambos com 3%; e Gustavo Paim (PP) e Julio Flores (PSTU) foram mencionados por 1%. Nesses casos, há empates técnicos entre vários candidatos, já que a margem de erro é de 3 pontos para mais ou para menos. Conforme a RBS, foram ouvidos 805 eleitores de Porto Alegre, de 3 a 5 de outubro, e a pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo RS-07152/2020.

Walter Delgatti Neto, o Vermelho, um dos presos na investigação sobre invasão de celulares de autoridades, disse em depoimento à Polícia Federal que conseguiu o contato de Glenn Greenwald, dono do site The Intercept, por meio da ex-deputada Manuela D'Ávila (PCdoB). Em nota à imprensa, Manuela D'Ávila confirmou que o hacker entrou em contato depois de invadir sua conta no Telegram no dia 12 de maio. "Pela invasão do meu celular e pelas mensagens enviadas, imaginei que se tratasse de alguma armadilha montada por meus adversários políticos. Por isso, apesar de ser jornalista e por estar apta a produzir matérias com sigilo de fonte, repassei ao invasor do meu celular o contato do reconhecido e renomado jornalista investigativo Glenn Greenwald", diz a ex-deputada. Vermelho acrescentou que o dono do Intercept o procurou depois, também via Telegram, e disse que tinha interesse no material. Delgatti afirmou que não editou as mensagens e não recebeu pagamento pelo material. Leia abaixo a íntegra da nota postada por Manuela no Facebook.

A partir de 2019, 14 dos 35 partidos com registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deverão ficar sem tempo de divulgação gratuita no rádio e TV e sem verba do fundo partidário: Rede, Patriota, PCdoB, PCB, PRTB, PSTU, PHS, DC, PCO, PMB, PMN, PPL, PRP e PTC. Conforme a Agência Câmara, essas siglas não tiveram votos suficientes nas eleições de domingo previstos na cláusula de barreira, que exige a eleição de pelo menos 9 deputados de 9 estados ou no mínimo 1,5% dos votos válidos para deputado federal (1.475.085 votos) distribuídos em pelo menos 9 estados e com, ao menos, 1% de votos em cada um deles. Na prática, a regra visa evitar que partidos rejeitados pela maioria dos eleitores continuem sobrevivendo com recursos pagos pela população. Como algumas candidaturas ainda estão sendo analisadas pela Justiça Eleitoral, é possível que haja alteração nos resultados. O levantamento oficial deve ser divulgado pela Câmara até o fim da semana.

Nesta terça-feira, prazo final dado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após impugnar a candidatura de Lula, o PT confirmou Fernando Haddad como candidato da sigla à Presidência da República. A decisão foi oficializada em reunião da Executiva do partido em um hotel em Curitiba, cidade onde Lula está preso desde 7 de abril. No ato, foi lida uma carta de Lula à direção da sigla para sugerindo Haddad como seu substituto, o que foi aprovado por unanimidade. Com a mudança, a deputada Manuela D'Ávila (PCdoB) deve ser confirmada como vice. O advogado do PT, Luiz Fernando Pereira, afirmou ao O Globo que a sigla tem até às 19h (DF) de hoje para protocolar a musança no TSE, em Brasília.

Acompanhados de uma marcha de integrantes do MST em Brasília, uma comitiva de petistas liderada pela senadora e presidente do PT Gleisi Hoffmann registrou na tarde de hoje no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a candidatura de Lula, que segue preso em Curitiba após condenação pelo TRF3 no caso triplex, e do ex-prefeito paulistano Fernando Haddad como vice. A deputada Manuela D'Ávila, do PCdoB, que ficou como uma espécie de "vice reserva" caso Lula tenha a candidatura negada e seja substituído por Haddad, também acompanhou o protocolo no TSE, assim como integrantes do Pros. Na documentação, Lula declarou a ocupação de torneiro mecânico e patrimônio de R$ 7,98 milhões. Haddad, professor de ensino superior, declarou patrimônio de R$ 428,4 mil. Conforme o site G1, a previsão é de que o pedido de candidatura de Lula seja julgado pela Justiça Eleitoral até o dia 5 de setembro.

A direção do PCdoB retirou na noite anterior a candidatura de Manuela D'Ávila à Presidência, para se coligar ao PT que lançou Lula para presidente e Fernando Haddad de vice. Conforme o acordo dos comunistas e petistas, a deputada ficará como uma espécie de "vice reserva". Se a candidatura de Lula for impugnada pela Lei da Ficha Limpa, por estar condenado em segunda instância no caso Triplex, Haddad será candidato e a comunista vice. Se Lula for confirmado, Haddad abrirá mão da candidatura para Manuela ser vice. A legislação permite a troca de candidatos até o dia 17 de setembro, 20 dias antes das eleições.

Jair Bolsonaro e Lula são os mais comentados no Twitter sobre a sucessão presidencial, conforme aScup Social, ferramenta que desde março monitora 24 políticos citados para a Presidência na rede social para identificar manifestação dos usuários. Em abril foram capturadas 15.305 interações com o tema. Bolsonaro foi o mais citado com 5.089 tweets com hashtag citando seu nome, 77,5% indicaram apoio ao político conservador. Lula se manteve em segundo, mas com aprovação maior em relação a março, mesmo estando preso. No total foram 4.847 menções com o seu nome e a maioria, 64,4%, indicou que votaria nele. No mês anterior, o índice de rejeição ao petista superava o de aprovação.

Manuela D'Ávila (PCdoB) ficou em terceiro e teve um crescimento expressivo em relação a março. Dos 1.513 tweets com o seu nome em abril, 94,2% foram favoráveis a ela. Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT) tiveram menos menções, mas com a maioria indicando o voto a seu favor. O senador Álvaro Dias (Podemos) foi o pré-candidato da lista com maior rejeição: teve apenas 71 menções ao seu nome no Twitter e 64,8% afirmaram que não votariam nele. O estudo, diz a Scup Social, é feito para avaliar o que as pessoas andam dizendo no Twitter e não expressa a real intenção dos votantes brasileiros.

No vídeo abaixo que postou no Twitter e Facebook, Manuela diz estar preocupada com a segurança de Lula, pelo fato de o autor da selfie ter "trânsito livre" no local, e cobra que ele seja identificado.