O novo programa Mais Médicos, agora chamado de Mais Médicos para o Brasil, terá 85 destes profissionais atuando em Mato Grosso do Sul, 57 distribuídos em 31 municípios e 28 médicos em áreas indígenas. 

O governo federal retomou hoje o programa Mais Médicos, que agora passa a se chamar "Mais Médicos para o Brasil". Entre as novidades, será pago um incentivo que pode chegar a R$ 120 mil para o médico que permanecer por quatro anos em áreas vulneráveis. Tal incentivo será ampliado caso o médico tenha sido beneficiado pelo Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). 

O programa Mais Médicos "vive uma crise de improvisações" e será "completamente revisto" no governo Bolsonaro, disse Luiz Henrique Mandetta."A característica desse Programa Mais Médicos é de improvisações, uma atrás da outra, desde o dia que ele foi instalado até o dia de hoje", afirmou o futuro ministro da Saúde à imprensa ontem, em Brasília. Como exemplo, ele citou o fato de o convênio para atuação dos médicos cubanos não ter previsto um processo de rescisão com saída gradual dos profissionais. Outro problema, afirmou, é não dar prioridade para preencher as vagas nas áreas mais distantes e carentes.

"Tem cidades com IDH [Índice de Desenvolvimento Humano] muito alto, em que, em tese, não precisaria de médicos estrangeiros, mas onde você teve a substituição completa [dos cubanos], e cidades do chamado Brasil profundo, onde tem populações ribeirinhas, distritos sanitários indígenas, onde vocês tem difícil provimento. Então, por que não começar pelas áreas de difícil provimento?". Por essa distorção, Brasília foi a primeira cidade a preencher as vagas. "Não me parece que Brasília seja uma cidade hipossuficiente, uma cidade com IDH elevadíssimo, capital da República, tem um poder aquisitivo muito alto. O programa como um todo vai ter que ser rediscutido", emendou. (Com Agência Brasil)

"Diferente do que diz o corrupto preso Lula sobre o novo governo ser preconceituoso por retirar médicos cubanos do país, foi Cuba que os retirou por recusar-se a pagar salário integral a eles... Oferecemos asilo aos que querem ficar. Informações estão chegando erradas na cadeia."

Primeiro representante da esquerda a chegar ao poder no México, o novo presidente Andrés Manuel López Obrador, que tomou posse neste fim de semana, pretende receber pelo menos 3 mil médicos cubanos que atuaram no Brasil e criar uma versão mexicana do programa Mais Médicos. Conforme o jornal O Estado de S.Paulo, Obrador tem um plano de austeridade que inclui a redução do salário de servidores, dentre eles os médicos, e os cubanos ajudariam a cobrir esses cortes. As negociações com o governo de Cuba começaram em setembro, com participação de Lázaro Cárdenas Batel, o novo coordenador de assessores da presidência do México, que mantém sólida amizade com lideranças do PT. Há três meses, o pai dele, Cuauhtémoc Cárdenas Solórzano, visitou Lula na prisão em Curitiba e disse várias vezes em público que o ex-presidente brasileiro é vítima de "injustiça", lembra o Estadão.

O Ministério da Saúde anunciou hoje que, em dois dias, já foram selecionados 7.154 médicos, o que preenche 84% das 8.517 vagas abertas no Mais Médicos com a saída de Cuba do programa, por não aceitar condições de Jair Bolsonaro de pagar salário integral aos profissionais, liberar seus familiares para vir ao Brasil e passar pelo teste Revalida. Até as 8h (DF) desta sexta-feira o sistema registrava 19.994 inscrições, das quais 13.341 são de profissionais com registro nos conselhos regionais de medicina (CRMs). O prazo para inscrições, que terminaria neste domingo, foi prorrogado para até 7 de dezembro, devido a "ataques cibernéticos" no site desde o primeiro dia de inscrição, na quarta-feira. No Twitter, o presidente Michel Temer disse que o preenchimento de 84% das vagas comprovam a "eficiência do governo em solucionar a questão".