As urnas deixaram de fora no domingo alguns medalhões da política nacional.

O senador José Serra (PSDB-SP) anunciou hoje que foi diagnosticado com mal de Parkinson e pediu licença para se afastar por quatro meses do Senado para tratamento.

O presidente do Supremo, Dias Toffoli, suspendeu ontem as investigações da Lava Jato que têm como alvo o senador José Serra (PSDB-SP) para apurar suposto caixa dois de campanha e indícios de lavagem de dinheiro em obras do Rodoanel Sul, em São Paulo, quando o tucano era governador. A decisão atende pedido da defesa, alegando que Serra, por ser senador, tem foro privilegiado e só poderia ser investigado com autorização do STF. Segundo o site G1, cerca de uma hora depois da decisão de Toffoli, a Justiça Federal em SP aceitou, no início da noite anterior, a denúncia do MPF referente ao Rodoanel e transformou Serra e a filha dele, Verônica, em réus por crime de lavagem de dinheiro. P.S.: Hoje, o juiz federal de SP Diego Paes Moreira suspendeu a ação contra Serra, alegando que só havia aceitado a denúncia do MPF ontem porque não sabia da decisão do presidente do Supremo.

A força-tarefa da Lava-Jato em São Paulo denunciou hoje o senador José Serra (PSDB-SP) e sua filha, Verônica, à Justiça Federal, acusando-os de receber "milhões" em propinas da Odebrecht por obras em São Paulo quando foi prefeito da capital e governador (2005-2010). A casa do tucano e outros endereços a ele ligados são alvos de busca e apreensão da Polícia Federal. A Justiça Federal também mandou bloquear R$ 40 milhões de uma conta na Suíça. Na denúncia, o Ministério Público Federal (MPF) diz que Serra valeu-se dos cargos e influe?ncia poli?tica e manteve uma "relação espúria" com a Odebrecht, ao pedir e receber, "direta e indiretamente, em razão das funções por ele ocupadas, substanciais recursos indevidos". "José Serra e Verônica Allende Serra, entre 2006 e, ao menos, 2014, ocultaram e dissimularam, por meio de numerosas operações bancárias, a natureza, a origem, a localização e a propriedade de valores sabidamente provenientes de crimes, notadamente de corrupção passiva e ativa, de fraudes à licitação e de cartel, praticando, assim, atos de lavagem de capitais tipificados", relata o MPF. Além dos mandados de busca e apreensão as pela Justiça Federal que determinou ainda o bloqueio de R$ 40 milhões de uma conta na Suíça, informou a Procuradoria. (Com Estadão e O Globo)

Se enganou quem imaginou que a denúncia contra Michel Temer foi a última flechada de Rodrigo Janot. Em seu último dia útil no cargo ontem, quando ganhou de procuradores e funcionários da Procuradoria Geral da República um arco e flecha dos índios Xokó do Sergipe por ter dito sobre seus últimos dias na PGR que "enquanto houver bambu, lá vai flecha", o procurador-geral entregou ao Supremo a colaboração premiada de executivos da OAS, que incluem documentos e gravações como provas, que pode complicar ainda mais a situação dos ex-presidentes Lula e Dilma e de aliados de Temer. Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS preso na Lava-Jato, compromete Lula no caso do tríplex e do sítio, além de envolver os senadores tucanos Aécio Neves e José Serra, diz a manchete de hoje do jornal O Globo. Janot segue no cargo até este domingo, véspera da posse de Raquel Dodge, que assumirá a função de procuradora-geral da República na segunda-feira.

"José Serra tem reclamado dos institutos de pesquisa. Motivo: não o têm colocado como uma das opções nas pesquisas de intenção de voto para presidente."