A Quinta Turma do STJ manteve a condenação de José Dirceu e de outros réus na Lava Jato referente a processos que apontavam condutas ilícitas de companhias privadas, como a Engevix Engenharia, políticos e funcionários da Petrobras. O MPF acusou o ex-ministro da Casa Civil de usar influência política para “indicar e manter pessoas na Petrobras”, em troca devalores indevidos.

Luís Roberto Barroso virou alvo da vez dos ataques de Jair Bolsonaro a ministros do Supremo que mantém o clima tenso no país. Hoje de manhã, o presidente usou o Twitter para dizer que em 2016 o ministro do Supremo teria concedido indulto a José Dirceu. Na rede social, Barroso respondeu: "Um esclarecimento: quem concede indulto é o presidente da República."

Após a decisão do Supremo contra a prisão após condenação em segunda instância, advogados de oito condenados da Lava Jato no Paraná, dentre eles o ex-presidente Lula e seu ex-ministro José Dirceu, já haviam pedido até a manhã de hoje a liberdade dos presos. O G1 PR informa que a lista também inclui Luiz Eduardo de Oliveira e Silva (irmão de José Dirceu), Renato Duque (ex-diretor da Petrobras) e os empresários Alberto Elísio Vilaça Gomes (ex-diretor da Mendes Júnior) Fernando Moura, Gerson Almada. Conforme levantamento da TV RPC do Paraná, há 74 réus da Lava Jato no estado condenados em segunda instância e 13 deles presos, que podem sair da cadeia com a decisão do STF.

O Congresso, o Supremo e o site The Intercept Brasil são alvos de críticas de manifestações em defesa da Lava Jato e do ministro Sérgio Moro neste domingo em várias cidades brasileiras, em resposta à campanha contra a operação de combate à corrupção por meio de mensagens roubadas de celulares por hacker. Em Brasília, frases como "Fora Maia" "Reforma de R$ 1 trilhão do Guedes", e "CPI da Lava Toga" estamparam faixas e cartazes. Na capital federal, a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) criticou a derrubada de decretos de armas editados por Jair Bolsonaro e anunciou que o ato em Campo Grande (MS) será nesta tarde, às 15h em frente à sede do MPF na Afonso Pena. Em frente ao Congresso, quatro bonecos infláveis simbolizavam Moro vestido de superhomem; Lula presidiário; Gilmar Mendes protegendo Lula e Zé Dirceu e um "Privileco", representando servidores contrários à reforma da Previdência. Sérgio Moro retuitou link do próprio Twitter com postagens de vídeos e fotos das manifestações e escreveu: "Eu vejo, eu ouço".

O ex-ministro José Dirceu está dividindo a cela com o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari, o ex-senador Gim Argello e outros três presos no Complexo-Médico Penal de Curitiba, diz Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo. A colunista afirma que os 38 condenados da Lava Jato e de outros crimes ligados à corrupção que estão no presídio foram transferidos da Galeria 6, onde celas eram divididas por dois presos, para uma ala do hospital do complexo onde colchões estão distribuídos no chão e pertences pessoais ficam em cima de caixotes. Cada cela tem banheiro com chuveiro e uma privada.

José Dirceu já está na sede da Polícia Federal em Curitiba, para cumprir a pena de 8 anos e 10 meses de prisão por sua segunda condenação na Lava Jato, depois de ter recurso negado pelo TRF4. Após viajar cerca de 1,4 mil km de carro de Brasília à capital paranaense, o ex-ministro chegou à Superintendência da PF volta de 21h30 (DF), cinco horas e meia depois do prazo dado pela Justiça. Sua defesa informou, à tarde, ao juiz federal Luiz Antônio Bonat, que o petista enfrentou congestionamento no trajeto. Antes da viagem, Dirceu enviou áudio a companheiros petistas em que diz estar se "preparando para mais essa trincheira de luta", que aguarda novos recursos no Supremo e no STJ e afirma: "Vamos à luta. O Brasil já está mudando, o vulcão já está em erupção". Ouça abaixo.

José Dirceu já está na sede da Polícia Federal em Curitiba, para cumprir a pena de 8 anos e 10 meses de prisão por sua segunda condenação na Lava Jato, depois de ter recurso negado pelo TRF4. Após viajar cerca de 1,4 mil km de carro de Brasília à capital paranaense, o ex-ministro chegou à Superintendência da PF volta de 21h30 (DF), quatro horas e meia depois do prazo dado pela Justiça. Sua defesa havia alegado, à tarde, ao juiz federal Luiz Antônio Bonat, que o petista enfrentou congestionamento no trajeto. Antes da viagem, Dirceu enviou um áudio a companheiros petistas em que afirmou estar se "preparando para mais essa trincheira de luta", aguardando novos recursos no Supremo e no STJ e diz: "Vamos à luta. O Brasil já está mudando, o vulcão já está em erupção". Ouça abaixo.

Desembargadores da 4ª Seção do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), por unanimidade, negaram recurso de José Dirceu que pedia prescrição da pena de 8 anos e 10 meses de prisão na segunda condenação dele na Lava Jato, e mandaram oficiar a Justiça Federal de Curitiba para cumprimento da pena. Dirceu está solto desde junho de 2018, por habeas corpus concedido pela 2ª Turma do Supremo em sua primeira condenação na Lava Jato, a 30 anos, nove meses e 10 dias de reclusão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A defesa pode voltar a recorrer ao Supremo.