Pela terceira vez no Brasil do chamado "sistema", Gilmar Mendes mandou, ontem, soltar Jacob Barata Filho, o "rei dos ônibus" do Rio de Janeiro. O ministro do Supremo, que em agosto concedeu outros dois habeas corpus ao empresário, derrubando decisões do juiz federal Marcelo Bretas, argumentou agora que as novas provas que levaram Barata à cadeia são anteriores à primeira prisão. Vale sempre lembrar que Gilmar Mendes foi padrinho de casamento da filha de Barata e é tio do noivo, embora afirme que, quando foi padrinho, "nem conhecia direito o casal". (Com Correio Braziliense)

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo, mandou soltar nesta sexta o empresário Jacob Barata Filho e o ex-presidente Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Rio de Janeiro, Lélis Teixeira, acusados pelo Ministério Público Federal de comandar esquema de propina do setor de transportes no estado. Foi a segunda vez em dois dias que Mendes manda soltar os dois, derrubando ordem de prisão do juiz federal do Rio, Marcelo Brêtas. O MPF questiona a atuação de Mendes no caso, pois ele foi padrinho de casamento da filha de Barata Filho,que é defendido por um advogado também ligado ao ministro do STF. Questionado pela imprensa, Gilmar Mendes respondeu: "Vocês acham que ser padrinho de casamento impede alguém de julgar um caso? Vocês acham que isto é relação íntima, como a lei diz? Não precisa responder."