Depois de participar do desfile da Independência em Brasília, o presidente Lula embarcou ontem para Nova Déli, capital da Índia, onde participa a partir deste sábado da 18ª Cúpula do G20, grupo que reúne as 19 nações de maior economia do mundo e a União Europeia. A presidência do bloco, que está com a Índia, será assumida pela primeira vez pelo governo brasileiro, a partir do dia 1º de dezembro.

Jair Bolsonaro elogiou hoje as relações comerciais do Brasil com a China, maior parceiro comercial do País, e frisou que isso tem sido "essencial" na luta contra a covid-19. "Esta parceria se tem mostrado essencial para a gestão adequada da pandemia no Brasil, tendo em vista que parcela expressiva das vacinas oferecidas à população brasileira é produzida com insumos originários da China", disse o presidente por videoconferência com líderes do Brics, bloco integrado por Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul. 

Faltando menos de uma semana para completar um ano de seu primeiro caso de contágio, confirmado no dia 25 de fevereiro de 2020 em um homem de 61 anos morador de São Paulo que havia viajado a trabalho para a Itália, o Brasil ultrapassou ontem a marca de 10 milhões de infectados pelo novo coronavírus. É o terceiro país a atingir esse número, depois dos Estados Unidos e da Índia. A propagação da doença teve a aceleração prevista por médicos e pesquisadores: foram sete meses para atingir 5 milhões de casos em outubro e apenas quatro meses para dobrar esse número.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu dispensar a fase três de estudos clínicos no Brasil para analisar o pedido de uso emergencial de vacina contra o novo coronavírus. Com isso, o Ministério da Saúde anunciou ontem que já negocia a compra de 30 milhões de doses das vacinas Sputnik V, da Rússia, e Covaxin, da Índia. Representantes da pasta, do instituto russo Gamaleya que fabrica a Sputnik V; e do laboratório indiano Bharat Biotech, fornecedor da Covaxin, vão se reunir amanhã para tratar do assunto, e o ministério espera ter acesso aos imunizantes ainda neste mês. (Com Agência Brasil)

Diferentemente da Coronavac que foi divida em duas doses para serem aplicadas em um intervalo de 20 dias conforme recomendado às prefeituras, a orientação da Secretaria de Saúde em Mato Grosso do Sul é de que as 22 mil doses da vacina de Oxford - AstraZeneca produzida pelo Instituto Serum da Índia, importadas pelo Brasil e distribuídas ontem pelo pelo governo estadual aos 22 municípios do estado, sejam todas aplicadas agora. "Neste caso, a segunda dose será dada num intervalo de 90 dias, quando chegarem as vacinas já produzidas pela unidade Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz", disse aqui ao Blog o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende.

O Governo de Mato Grosso do Sul recebeu neste domingo o primeiro lote de 22 mil doses da vacina Oxford - AstraZeneca/Oxford contra a covid-19, produzidas pelo Instituto Serum, da Índia, que já estão sendo enviadas hoje para os 78 municípios de Mato Grosso do Sul. Somadas às 158 mil doses da Coronavac que já estão sendo aplicadas desde a semana passada, o estado soma 180 mil doses. Em vídeo nas redes socais, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) prometeu ontem entregar as vacinas às prefeituras em no máximo 24h, advertiu que a fiscalização será mantida para evitar "fura-fila" dos grupos prioritários e alertou que "a pandemia não acabou", voltando a pedir à população que siga as recomendações das autoridades de saúde como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos. Veja o vídeo.

Mato Grosso do Sul deve receber neste fim de semana 22 mil do primeiro lote da vacina Oxford-AstraZeneca produzida pelo Instituto Serum, da Índia, compradas pelo governo federal que chegaram ontem ao Brasil e começam a ser enviadas nesta tarde de sábado aos estados depois de separadas e etiquetadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Rio de Janeiro. "Soubemos que foram separadas 44 caixas com 500 doses em cada, totalizando 22 mil doses para o estado" disse hoje ao Blog o secretário de Saúde de MS, Geraldo Resende. Embora a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca também seja indicada em duas doses, o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, orientou na quinta-feira que o imunizante seja usado em dose único neste primeiro mometo para que mais pessoas possam ser vacinadas. "O programa que vem sendo usado pela Inglaterra e outros países, é aproveitar a característica da vacina e disponibilizar a vacina para mais pessoas", disse Krieger em entrevista à GloboNews.

Depois das seis milhões de doses da Coronavac importadas da China distribuídas aos estados e municípios no início da semana, o Brasil passou a contar com mais 6,8 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. A Anvisa autorizou ontem uso emergencial de mais 4,8 milhões da mesma vacina, rotuladas e embaladas pelo Instituto Butantan de São Paulo, e chegaram mais 2 milhões de doses da Oxford-AstraZeneca vindas da Índia, que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) deve começar a distribuir aos estados no fim da tarde deste sábado. Esses 12,8 milhões de doses, entretanto, só são suficientes para imunizar 40% dos três grupos prioritários desta primeira fase: trabalhadores da saúde, pessoas de 75 anos acima, pessoas de 60 anos acima que morem em asilos, população indígena e comunidades ribeirinhas. Nas contas do Ministério da Saúde, esses grupos somam 14,8 milhões de pessoas, que necessitam de 31,7 milhões de doses, pois as duas vacinas exigem aplicação de duas doses em cada pessoa. Conforme o Butantan, a validação de ontem da Anvisa libera a produção nacional de um total de 40 milhões de doses da CoronaVac, mas isso depende de insumos que o Brasil está tendo dificuldades de importar da China. (Com BBC e Agência Brasil)