O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, determinou hoje as prisões do ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Fábio Augusto Vieira, e do ex-secretário de Segurança do DF e ex-ministro de Justiça de Jair Bolsonaro, Anderson Torres, também alvo de mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Federal na casa dele. 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, decidiu na madrugada desta segunda-feira afastar do cargo, por 90 dias, o governador Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal, depois que as forças de segurança do DF não contiveram vândalos bolsonaristas que invadiram e depredaram o Congresso, o Palácio do Planalto e a sede do STF. Também determinou a desocupação total do acampamento dos bolsonaristas em frente ao Quartel do Exército, na área central de Brasília, em até 24 horas. Os que insistirem poderão ser presos em flagrante.

Vinte governadores, incluindo Reinaldo Azambuja (PSDB-MS) e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro como Ronaldo Caiado (DEM-GO), Claudio Castro (PL-RJ) e Ibaneis Rocha (MDB-DF), divulgaram uma carta hoje afirmando que o preço da gasolina aumento mais de 40% nos últimos doze meses sem aumento do ICMS sobre os combustíveis em nenhum estado ao longo desse período. Na carta, eles cobram a "verdade" do governo federal, já que o presidente Jair Bolsonaro constantemete atribuiu a alta nos preços ao imposto cobrado pelos Estados.

Em meio ao avanço de casos e mortes pela covid-19 em vários estados como Mato Grosso do Sul e recomendações para que a população evite festas e aglomerações neste fim de ano, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, foi fotografado no sábado em um evento na casa do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. Na imagem reproduzida nas redes sociais, o ministro aparece abraçado com o dono da casa, o cantor Zezé di Camargo e outros dois convidados. Tanto o ministro como o governador já foram internados com covid, mas se recuperaram da doença. O vídeo abaixo reproduzido pelo site Metrópoles mostra Ibaneis cantando para os convidados. Questionado, o governador disse ao site: "Não usamos máscara porque eram apenas alguns poucos convidados. Um sábado, na hora do almoço. O Pazuello chegou bem cedo, passou menos de uma hora na minha casa e foi embora almoçar com as filhas dele, que vieram de Manaus. Ele não ficou sequer para o almoço".

O presidente nacional do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), disse hoje que seu partido está credenciado a disputar a Presidência da República em 2022 depois de ter eleito o maior número de prefeitos no Brasil no último domingo e citou, pela ordem, como presidenciáveis da sigla a senadora Simone Tebet (MDB-MS) e os governadores Ibaneis Rocha (Distrito Federal) e Renan Filho (Alagoas). "Temos todas as chances de apresentar candidatos a presidente da República", disse Baleia em nota publicada no site oficial do partido, que cita Simone como a primeira mulher a presidir a CCJ do Senado na história do Brasil, com "um trabalho reconhecido nacionalmente, por conta de seus posicionamentos assertivos, de sua defesa das instituições democráticas e da agenda de reformas estruturantes". O site diz ainda que desde o início do governo de Jair Bolsonaro, o MDB "adotou uma postura de equilíbrio e independência" em relação ao atual governo e "não deixou de criticar o Planalto nos momentos em que houve afronta à democracia". Líder do MDB na Câmara, Baleia Rossi afirma: "Somos o ponto de equilíbrio, defensores radicais da democracia contra os extremos. Por isso ocupamos um posição quer nos permite dialogar da centro esquerda à centro direita, sem jamais abrir mão do que está escrito em nossa Constituição de 1988".

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), testou positivo para covid-19 ontem, após resolver fazer o exame por estar com sintomas gripais como coriza, tosse e febre. O Governo do Distrito Federal (GDF) disse em nota que Ibaneis passa bem, despacha normalmente de casa e fará novos exames hoje. Ele é o 13º governador a testar positivo para o novo coronavírus, depois de Wilson Witzel (PSC-RJ), Helder Barbalho (MDB-PA), Paulo Câmara (PSB-PE), Renan Filho (MDB-AL), Antonio Denarium (sem partido - RR), Renato Casagrande (PSB-ES), Mauro Mendes (DEM-MT), Carlos Moisés (PSL-SC), Belivaldo Chagas (PSD-SE), Eduardo Leite (PSDB-RS), João Doria (PSDB-SP) e Wilson Lima (PSC-AM).

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), disse hoje à CNN que o presidente Jair Bolsonaro demorou para exonerar Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde. "Achei até que o presidente demorou para exonerar o ministro da Saúde. Aqui no DF, por exemplo, eu troquei o meu secretário de Saúde no início da crise", afirmou Ibaneis, frisando que vê no novo ministro, Nelson Teich, "maior vontade de fazer interlocução com os governadores". Indagado se o presidente influenciou em sua decisão de reabrir o comércio e retomar as aulas no DF a partir de maio, Ibaneis Rocha afirmou: "Na questão da influência, posso dizer com toda a tranquilidade: fui eleito com total independência e todas as minhas decisões são baseadas no apoio dos meus técnicos, dos meus secretários. Não sofro nenhuma pressão da Presidência da República, mas, até mesmo por ser de Brasília, tenho que trabalhar com harmonia com eles. Gosto do presidente Bolsonaro, ele tem nos dado uma atenção especial".