Um hacker condenado a nove anos de prisão por invadir o sistema do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3 - SP-MS) que estava foragido e incluído na difusão vermelha da Interpol, foi preso neste domingo em Campo Grande pela Polícia Federal.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo, suspendeu ontem (2) a a ação penal sobre supostos crimes cometidos na compra pelo governo de 36 caças suecos Gripen, que usou como provas mensagens hackeadas de procuradores do MPF. A ação penal era a última da Lava Jato que estava aberta contra Lula e está suspensa até julgamento do Supremo.

A Polícia Federal concluiu que houve crime na live em que o presidente Jair Bolsonaro divulgou informações sigilosas sobre investigação de ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas não o indiciou por ter foro privilegiado. Ontem, ao abrir o ano judiciário, o presidente do TSE, Luis Roberto Barroso, disse que Bolsonaro vazou dados "que auxiliam milícias digitais" e afirmou que "faltam adjetivos" para qualificar essa atitude. Veja o vídeo.

Um jovem hacker português de 19 anos, que usa usa o codinome Zambrius, foi preso neste sábado em Portugal suspeito de invadir os sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em operação conjunta da Polícia Federal brasileira e a Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e Criminalidade Tecnológica da Polícia Judiciária Portuguesa. No Brasil, a PF cumpriu hoje três mandados de busca e apreensão em São Paulo e em Minas Gerais. Conforme as investigações, um grupo de hackers brasileiros e portugueses, comandados pelo português, foi autor do ataque ao sistema do TSE durante o primeiro turno das eleições municipais deste ano visando desacreditar a segurança do sistema de computadores da Justiça Eleitoral. Porém, segundo a PF, a invasão não atingiu os sistemas relacionados à eleição porque as urnas eletrônicas não são ligadas à internet e, portanto, os equipamentos não são vulneráveis a ataques externos. "Não foram identificados quaisquer elementos que possam ter prejudicado a apuração, a segurança ou a integridade dos resultados da votação", informou a PF.

Um ataque hacker ao sistema do Tribunal Regional Federal 1ª Região (TRF-1) fez a Corte retirar do ar ontem os sites da Justiça Federal do DF e de 13 estados: Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Piauí, Roraima, Rondônia e Tocantins. Com isso, consultas a processos e emissão de certidões online estão indisponíveis há mais de 24 horas. Em nota, o TRF1 disse que "tomou ciência do acesso indevido ao seu ambiente de dados" às 19h (DF) de quinta-feira e decidiu colocar todo o sistema em modo restrito "impedindo qualquer acesso remoto". "A equipe da Secretaria de Tecnologia da Informação deste Tribunal Regional Federal permanece trabalhando e espera, já neste sábado, dia 28 de novembro de 2020, iniciar, de forma gradativa, o restabelecimento dos serviços de TI para acesso externo, à medida que for garantida a segurança adequada", acrescenta a nota reproduzida pelo G1. O ataque está sendo investigado pela Polícia Federal.

A divulgação das apurações parciais das eleições municipais deste domingo está atrasada em comparação a eleições anteriores. Neste ano o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mudou o sistema de apuração cujos resultados agora são enviados diretamente para o sistema do TSE e não mais divulgados pelos TREs nos estados. O processo de soma desses votos é que estaria mais lento do que o normal no TSE e o problema estaria sendo corrigido, segundo nota divulgada há pouco pela Corte. Mais cedo, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroto, anunciou que um ataque cibernético tentou gerar sobrecarga e derrubar os sistemas da Justiça Eleitoral neste domingo, mas disse que a tentativa foi neutralizada sem causar consequências. "Houve uma tentativa de ataque hoje, com um grande volume de acessos simultaneamente. Foi totalmente neutralizado pelo Tribunal Superior Eleitoral e pelas operadoras de telefonia. Portanto, sem qualquer repercussão sobre o processo de votação", disse o ministro, afirmando que "muito provavelmente" o ataque veio de fora do Brasil. (Com Agência Brasil)

Depois de o sistema do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ter sido invadido por hacker na semana passada, escritórios de advocacia temem pelo vazamento de dados de clientes e cobram transparência da Corte sobre os arquivos criptografados pelo invasor, diz o Estadão. Mais de 255 mil processos tramitam no STJ e o temor dos advogados é que de posse de informações sigilosas o criminoso possa chantagear os clientes. "A pessoa, por exemplo, começa a receber ameaça de que suas informações vão ser jogadas na internet. Não é só o STJ que está submetido a alguma chantagem. Todas as pessoas que têm processos em segredos de justiça estão com algum grau de aflição", disse ao jornal Marcelo Bessa, do Ávila de Bessa Advocacia, um dos maiores escritórios no país que atua em cerca de mil processos no STJ. A principal preocupação é com processos de família (separação, divórcio, guarda, alimentos etc.), que as vezes contém fotos íntimas, casos de crimes de abuso sexual, pedofilia e disputas de guarda – que podem gerar constrangimentos "graves para o menor". A Polícia Federal abriu um inquérito para apurar o ataque, que já afetou o julgamento de mais de 12 mil processos, diz o Estadão. Conforme O Globo, a OAB-DF pediu ao STJ que adie os julgamentos devido a problemas no sistema eletrônico da Corte após a invasão.   

O vazamento de informações pessoais de Jair Bolsonaro e de aliados pelo grupo de hackers Anonymous revelou que o dono da Havan, Luciano Hang, estaria entre as pessoas cujo CPF foi usado para receber o auxílio emergencial do governo de R$ 600 durante a pandemia da Covid. Em nota, o empresário pediu que a Polícia Federal investigue a divulgação de informações pessoais e o suposto cadastro indevido de seu nome no site do auxílio a trabalhadores informais. Embora o benefício seja pago pela Caixa, cabe à Dataprev e ao Ministério da Cidadania checar a lista de beneficiários. No Twitter, Hang disse hoje que entrou na página do benefício e que seu nome constaria como "em avaliação". Frisou que os hackers também citaram Bolsonaro como "filiado ao PT" e escreveu: "Isso sim é uma Fake News, você não acha?"