"Teremos um bom embate no tocante a isso, pode ter certeza. Não estamos fazendo nada mais do que o povo quis em 2005. E estamos dentro do limite da lei. Se for inconstitucional, tem que deixar de existir. Quem vai dar a palavra final é o plenário da Câmara ou a justiça" disse Bolsonaro, após cerimônia de lançamento da obra da segunda ponte ligando o Brasil e o Paraguai, ontem, em Foz do Iguaçu, com o presidente paraguaio Mario (Marito) Abdo Benítez, ao ser indagado pela imprensa sobre pareceres da Câmara e do Senado que apontam pontos que contrariam a Constituição no decreto das armas, e do prazo de cinco dias estipulado pela ministra Rosa Weber, do Supremo, para que explique a medida. (Com O Globo)

Cada país será responsável pela construção de uma das duas novas pontes ligando Brasil e Paraguai. O assunto voltará a ser tratado pelo presidente Mario Abdo Benítez, o Marito, com o presidente Jair Bolsonaro, em visita do paraguaio próxima terça-feira à Brasília. Conforme o Ministério das Relações Exteriores, a ponte que vai ligar Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul, a Carmelo Peralta, ficará a cargo do Paraguai, e deverá facilitar o acesso aos portos do Pacífico no Chile. A que vai ligar Foz do Iguaçu (PR) a Puerto Presidente Franco, ficará a cargo do Brasil, e deverá ajudar a desafogar o fluxo na Ponte da Amizade, que liga Foz a Ciudad del Este. Cada uma deve custar cerca de US$ 70 milhões, diz a Agência Brasil. Conforme o Itamaraty será necessário alterar o acordo atual, que prevê a divisão dos custos, para que cada país arque com as despesas de uma das pontes. No encontro, Benítez e Bolsonaro devem tratar também da segurança na fronteira, do combate ao tráfico e do comércio entre os países e da região.