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Bolsonaro provocou dizendo esperar prova de que Dilma tenha sido torturada
Antes de viajar para a folga de fim de ano no Guarujá, Jair Bolsonaro provocou mais uma polêmica ao falar ontem para apoiadores em frente ao Palácio do Alvorada, em Brasília, que até hoje espera uma prova de que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foi torturada durante a ditadura militar. "Os caras se vitimizam o tempo todo: 'fui perseguido'. Teve um fato aí - esqueci o nome da pessoa, mas é só procurar na internet, vai achar com facilidade - que a Dilma foi torturada e que fraturaram a mandíbula dela. Eu disse: 'traz o raio-x pra gente ver o calo ósseo'. E isso que eu não sou médico, hein. Até hoje estou aguardando o raio-x", disparou o presidente. 
 
A provocação teve reações. Nesta terça-feira, entre outros políticos, os ex-presidentes Lula (PT-SP) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP), e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) divulgaram notas no Twitter apoiando Dilma e criticando Bolsonaro.
 
DILMA REAGIU. Em nota intitulada "Índole de torturador", ela afirma que "ao desrespeitar quem foi torturado quando estava sob a custódia do Estado", Bolsonaro "escolhe ser cúmplice da tortura e da morte". "Um sociopata, que não se sensibiliza diante da dor de outros seres humanos, não merece a confiança do povo brasileiro", afirma a petista.
 
LULA ESCREVEU na rede social: "O Brasil perde um pouco de sua humanidade a cada vez que Jair Bolsonaro abre a boca. Minha solidariedade a presidenta @dilmabr, mulher detentora de uma coragem que Bolsonaro, um homem sem valor, jamais conhecerá."
 
FHC AFIRMOU: Minha solidariedade a ex Pr Dilma Rousseff. Brincar com a tortura dela — ou de qualquer pessoa — é inaceitável. Concorde-de ou não com as atitudes políticas das vítimas. Passa dos limites."
 

MAIA POSTOU no Twitter: "Bolsonaro não tem dimensão humana. Tortura é debochar da dor do outro. Falo isso porque sou filho de um ex-exilado e torturado pela ditadura. Minha solidariedade a ex-presidente Dilma. Tenho diferenças com a ex-presidente, mas tenho a dimensão do respeito e da dignidade humana". Veja abaixo as publicações.





Zeca em mensagem a Marun enaltece 'ousadia' de Temer que 'nem Fernando Henrique, nem Lula, nem Dilma tiveram'
Nesta véspera de Natal, o ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) disse que ficou emocionado com áudio que recebeu do adversário político Zeca do PT,  em que o deputado federal e ex-governador expressa sua "eterna gratidão" pelo pacto firmado por Michel Temer com o presidente do Paraguai Mario Abdo Benítez (leia aqui) para construção da ponte ligando sua cidade natal, Porto Murtinho, ao país vizinho. No áudio, Zeca externa a mensagem a Michel Temer "pelo gesto, pela coragem, pela ousadia, que nem Fernando Henrique, nem Lula e nem Dilma tiveram", frisando que este é um "sonho centenário da ligação bioceânia" que poderá ligar o Brasil, via Mato Grosso do Sul, aos portos do Chile no Pacífico. 
 
Ao comentar a mensagem de Zeca, Marun afirma:
 
"Os Srs(as) sabem que eu sou um oponente político duro é determinado, mas nunca fui rasteiro e desleal. Isto permitiu que na minha trajetória política fizesse adversários, mas não inimigos. O maior de todos estes adversários talvez tenha sido o Zeca do PT. Pois bem, com o sucesso das negociações que eu coordenei e que garantiram a edificação da ponte sobre o Rio Paraguai em Porto Murtinho, recebi várias declarações de reconhecimento de membros da família Orcírio e esta do deputado Zeca que me emocionaram. É isto! Reflita neste Natal".
 
Ouça abaixo o áudio.





Decisão sobre a prisão ou não de condenados em segunda instância, como Lula, está nas mãos do Supremo
Para livrar Lula de ser preso após a fase de recursos ao TRF4, conforme decisão confirmada ontem pelo STJ, o PT aposta no Supremo, conforme disse a presidente do partido, senadora Gleisi Hoffmann (veja aqui), que está sendo pressionado a rever a jurisprudência da própria Corte sobre cumprimento da prisão para condenados em segunda instância, ou se a prisão só será aplicada após o trânsito em julgado, quando são esgotados todos os recursos nas instâncias superiores (STJ e no próprio STF).
 
A situação põe em xeque a Corte formada por ministros indicados pelos partidos políticos por meio do presidente de plantão: ou eles tratam todos os cidadãos como iguais, ou mudam as regras conforme interesses dos grupos dominantes. Dos 11 ministros do Supremo (que está sendo pressionado pelo PT e por outros partidos para decidir o destino de Lula) sete foram indicados por presidentes filiados ao PT - três nomeados por Lula e quatro por Dilma.
 
Veja a lista dos ministros e dos presidentes que os nomearam ao cargo: 
 
Celso de Mello, indicado por José Sarney (1989)
 
Gilmar Mendes, indicado por Fernando Henrique (2002)
 
Marco Aurélio Mello, indicado por seu primo Fernado Collor de Mello (1990)
 
Cármen Lúcia, indicada por Lula (2006)
 
Ricardo Lewandowski, indicado por Lula (2006)
 
Dias Tóffoli, indicado por Lula (2009)
 
Rosa Weber, indicada por Dilma (2011)
 
Luiz Fux, indicado por Dilma (2011)
 
Luís Roberto Barroso, indicado por Dilma (2013)
 
Edson Fachin, indicado por Dilma (2013)
 
Alexandre de Moraes, indicado por Temer (2017)