Campo Grande não teve o tradicional desfile cívico-militar com esquadrões das Forças Armadas nesta segunda-feira para evitar aglomerações em época da pandemia de covid, mas cerca de 70 policiais militares, todos usando máscaras, fizeram questão de comemorar o Sete de Setembro. Sem aviso prévio para evitar atrair público, eles percorreram a Avenida Afonso Pena com cavalos, carros e motocicletas com sirenes ligadas, saindo do Parque das Nações Indígenas e indo até a Praça do Rádio Clube onde ocorreu uma rápida cerimônia. Familiares e amigos dos policiais, também motorizados, acompanharam o desfile. "Foi uma singela homenagem ao povo sul-mato-grossense e à Independência do Brasil", disse ao site Campo Grande News o tenente-coronel da PM, Cleder Silva, reforçando que o ato não foi divulgado para não atrair público em época de pandemia. "Adaptamos ao momento."

Em Campo Grande, após o desfile de Sete de Setembro que neste sábado voltou a reunir no palanque o prefeito Marquinhos Trad e o governador Reinaldo Azambuja reforçando a parceria, aconteceu o já tradicional protesto do "Grito dos Excluídos" comandado por lideranças da oposição como o deputado estadual Pedro Kemp (PT) e o presidente da Fetems Jaime Teixeira junto de militantes com faixas contra o governo federal, "Lula Livre" e gritando "Fora Bolsonaro". Pela primeira vez, entretanto, também teve apoiadores do presidente usando verde e amarelo e fazendo contraponto com frases como "Nossa bandeira nunca será vermelha" e faixas de apoio ao presidente, a Sérgio Moro e à Lava Jato e contra ministros do Supremo. Antes das manifestações, chegou a ocorrer uma discussão sobre qual grupo entraria primeiro na avenida. Ao site Midiamax, o presidente da Fetems, Jaime Teixeira, disse que discussão "faz parte da democracia". "Eles querem falar, mas também precisam nos ouvir" emendou o sindicalista.