Em meio ao escândalo da revelação feita pelo Estadão de um "gabinete paralelo" comandado por pastores evangélicos que negociavam verbas da pasta com prefeitos cobrando propinas, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, entregou hoje pedido de exoneração do cargo ao presidente Jair Bolsonaro. 

Trabalhador que se recusar a tomar vacina contra a covid-19 sem apresentar justificativa médica documentada poderá ser demitido por justa causa, diz o Ministério Público do Trabalho (MPT). O órgão orienta as empresas a investirem em conscientização e negociar com seus funcionários, mas entende que a mera recusa pessoal e injustificada à imunização não pode colocar em risco a saúde dos demais empregados. No ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que, embora não possa forçar ninguém a se vacinar, o Estado pode impor medidas restritivas aos cidadãos que se recusarem a tomar a vacina para ajudar a conter a pandemia. "Como o STF já se pronunciou em três ações, a recusa à vacina permite a imposição de consequências. Seguimos o princípio de que a vacina é uma proteção coletiva, e não individual. O interesse coletivo sempre vai se sobrepor ao interesse individual. A solidariedade é um princípio fundante da Constituição", diz o procurador-geral do MPT, Alberto Balazeiro. (Com Estadão)

O presidente Jair Bolsonaro demitiu o ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio, ao se reunir com ele no início da tarde de hoje, diz a CNN. A emissora afirma que o estopim da demissão foi uma mensagem em grupo de WhatsApp enviada por Álvaro enviou ao ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) chamando o general de "traíra" e acusando-o de esconder de Bolsonaro o "ALTÍSSIMO PREÇO [sic]" que o governo tem pago por "aprovações insignificantes" no Congresso. "Não me admira o Sr Ministro Ramos ir ao PR pedir minha cabeça, a entrega do Ministério do Turismo ao Centrão para obter êxito na eleição da Câmara dos Deputados", diz trecho divulgado pela CNN. "Ministro Ramos, o Sr é exemplo de tudo que não quero me tornar na vida, quero chegar ao fim da minha jornada EXATAMENTE como meus pais me ensinaram, LEAL aos meus companheiros e não um traíra como o senhor", conclui Álvaro Antônio, que presidia o PSL de Minas nas eleições de 2018 e foi acusado plantar candidaturas femininas "laranjas". O presidente da Embratur, Gilson Machado, deve comandar o ministro conforme O Globo e a CNN.

O presidente do Banco do Brasil, Rubens Novaes, pediu demissão ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro Paulo Guedes (Economia) e deixará o cargo em agosto, em data a ser definida e comunicada ao mercado, conforme nota enviada na noite anterior pelo BB à imprensa e ao mercado financeiro. A nota diz que que Novaes avalia que o banco precisa de renovação para enfrentar os momentos futuros de inovação no setor. O Globo diz que Novaes estava sob pressão de Bolsonaro para ter ação mais incisiva, como a Caixa, que cortou juros e tem servido de vitrine para ações do governo, e argumentava que o BB é uma empresa de capital aberto. Ainda segundo o jornal, Novaes completará 75 anos em agosto e pretende ficar mais próximo dos netos no Rio, de onde deve continuar atuando como assessor especial do ministro Paulo Guedes.

Suspenso desde 5 de junho pela TV Globo, o repórter Mauro Naves está fora da emissora depois de 31 anos na Casa. A Globo informa que a rescisão de contrato foi amigável, mas a coluna Notícias da TV de Daniel Castro no UOL diz ter apurado que o jornalista foi demitido. Conforme o site, "a cúpula da Globo estava convicta de que Naves soube antes de todo mundo" que Neymar seria acusado de agressão, "mas não divulgou" o caso e cedeu o número de telefone do pai de Neymar para que o advogado José Edgard Bueno (primeiro a representar Najila Trindade em denúncia sobre suposto estupro e agressão) tentasse um "acordo" com o atacante.

Uma semana depois de Ronaldo Nogueira (PTB) deixar o cargo de ministro do Trabalho, hoje foi a vez de Marcos Pereira, do PRB, pedir demissão do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Marcos Pereira publicou a carta de emissão no Facebook e, conforme o site G1, alegou a Temer que pretende "trabalhar" sua campanha para deputado federal, embora, pela legislação eleitoral, tivesse até abril para deixar o governo. O ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral) disse ao blog do Valdo Cruz do G1 que, por enquanto, não há cotado para a vaga, e não está garantido que o ministério continuará sob comando do PRB, sigla ligada à Igreja Universal. "Isso ainda será discutido", informou.

Ronaldo Nogueira pediu demissão do cargo de ministro do Trabalho. O anúncio foi feito após reunião de Michel Temer com Nogueira, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, e o líder do partido da Câmara, Jovair Arantes. Deputado federal licenciado pela sigla, o gaúcho Nogueira alegou razões pessoais para sair do governo, conforme a GloboNews, e vai se dedicar à campanha buscando a reeleição. O PTB deve continuar comandando a Pasta e já indicou para o cargo o deputado federal maranhense Pedro Fernandes, que não pretende disputar a reeleição. O Planalto ainda não confirmou o nome do novo ministro.