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Antigas perucas brancas usadas por magistrados britânicos até 2008 e a cabeleira do ministro Napoleão Maia do TSE

Caso a votação termine empatada e Gilmar Mendes dê o 'voto de minerva', o resultado é previsível

TSE vai protagonizar julgamento histórico hoje que pode vir a ser adiado com um pedido de vistas

Pela primeira vez na história da República, o Tribunal Superior Eleitoral vai decidir sobre uma chapa presidencial, Dilma-Temer, envolvendo uma ex-presidente e um presidente em exercício do cargo. Embora possa se supor que a maioria dos integrantes da Corte esteja alinhada ao governo central, desta vez pesa na balança a opinião pública. E neste caso deve pesar declaração do ministro do Supremo, Luís Roberto Barroso, levada ao ar pela TV Globo (veja aqui) ontem em seus telejornais:

– "Nós vivemos uma possibilidade de um novo começo no Brasil, que é utilizar essa experiência, dessa corrupção ampla e institucionalizada, para, tal como fizemos com a ditadura, tal como fizemos com a tortura, poder dizer: 'Corrupção nunca mais'. Não uma corrupção de nível zero. Todo país tem um nível de corrupção, mas é preciso criar uma cultura de honestidade, é preciso mostrar para as novas gerações que ser honesto vale a pena porque a corrupção valoriza os espertos e não os bons. Espero que esse julgamento, como todo julgamento deve ser, seja de acordo com a Constituição e com a leis e que seja capaz de produzir a justiça que a sociedade brasileira espera."

Fosse dita nos bastidores de outrora, essa declaração não teria tanto efeito. Transmitida em rede nacional pela emissora de TV com maior audiência no País, o impacto sobre a cabeça dos ministros do TSE é inegável, já que cada um deles têm a prerrogativa de escolher seu papel na história. Embora, um já cogitado pedido de vistas, possa adiar esse capítulo por tempo indeterminado.





Gilmar Mendes criticou tentativas de mudar a Constituição e especulações sobre julgamento da chapa Dilma-Temer
O ministro do Supremo, Gilmar Mendes, criticou hoje em São Paulo propostas constantes de mudança na Constituição e a ausência de grandes líderes no Brasil. Graças à Constituição, afirmou, "tivemos dois impeachment no Brasil e estamos enfrentando agora uma grave crise política sem convulsão social. Temos que manter isso". Mendes também disse que costuma brincar que o país "está se tornando uma grande organização Tabajara".
 
Como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Mendes afirmou que a Corte não é "joguete de ninguém" e que não é função do TSE "resolver crise política". Salientou que há "muita especulação" na imprensa sobre um eventual pedido de vista que atrasaria a conclusão do julgamento da chapa Dilma-Temer na sessão do próximo dia 6. "Se houver pedido de vista, é algo absolutamente normal, ninguém fará por combinação com este ou aquele intuito", concluiu.
 
As declarações foram dadas à imprensa durante o 2º Congresso Jurídico da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), que discute a judicialização da saúde, onde Mendes é um dos oradores. As "Organizações Tabajara" são uma empresa fictícia criada pelos humoristas do antigo programa Casseta & Planeta, urgente!, exibido pela TV Globo entre 1992 e 2010. Na atração, os produtos "Babajara" eram de baixa qualidade, geralmente ironizando outros existentes ou situações da vida real.




Julgamento que poderá cassar a chapa Dilma-Temer começa no dia 6 de junho e terá quatro sessões