Jair Bolsonaro levou um terceiro pacote de joias presenteadas pela Arábia Saudita quando deixou o mandato, no fim de 2022, num estojo que inclui um Rolex de ouro branco, cravejado de diamantes, conjunto avaliado em pelo menos meio milhão de reais, informa o Estadão.

Advogados de Jair Bolsonaro (PL) entregaram hoje a uma agência da Caixa Econômica Federal, em Brasília, joias e armas que o ex-presidente recebeu de presente da Arábia Saudita, cumprindo determinação do Tribunal de Contas da União (TCU). 

Jair Bolsonaro não poderá usar nem vender joias recebidas do governo da Arábia Saudita e terá de preservar “intacto, na qualidade de fiel depositário, até ulterior deliberação desta corte de contas, abstendo-se de usar, dispor ou alienar qualquer peça oriunda do acervo de joias objeto do processo em exame”. A determinação é do ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU). 

O Flamengo não passou do primeiro jogo do mundial de clubes da Fifa, derrotado pelo Hal Hilal, que vai disputar a final com o vencedor de Real Madrid e Al Ahly, que se enfrentam nesta quarta-feira.

Mais uma seleção gigante foi derrubada pela zebra na estreia da Copa do Catar. Assim como a Argentina contra a Arábia Saudita, a tetracampeã Alemanha saiu na frente com gol de pênalti e tomou a virada do Japão.

O goleiro Guillermo Ochoa defendeu um pênalti cobrado pelo atacante Robert Lewandowski e garantiu um empate sem gols do México e a Polônia, para alívio da Argentina, que mais cedo foi atropelada pela zebra saudita.

A semana começou agitada no mercado financeiro após queda de quase 30% no preço internacional do petróleo na abertura dos mercados da Ásia. O dólar chegou a ser negociado a R$ 5 em casas de câmbio do Brasil levando o Banco Central a vender US$ 3 bilhões das reservas para conter a alta. Ações da Petrobras chegaram a cair até 25%, a maior da história da estatal, e o Ibovespa abriu em forte queda batendo -10% e levando a Bolsa de Valores brasileira a acionar o chamado circuit breaker que suspendeu por pouco mais de meia hora a venda de ações nesta manhã. A maior queda no preço do petróleo em um único dia desde a Guerra do Golfo em 1991 foi deflagrada pela Arábia Saudita ao aumentar sua produção e oferecer descontos de até 20% em relação ao petróleo bruto, abrindo uma guerra de preços com a Rússia, que lidera a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

A Arábia Saudita enviou nesta segunda-feira a habilitação de oito frigoríficos do Brasil que ficam aptos a exportar carne bovina para aquele país, informa a ministra Tereza Cristina (Agricultura). Conforme o site do ministério, foram habilitados: Frigorífico Fortefrigo, Frigorífico Better Beef , Rio Grande Comércio de Carnes Ltda, Plena Alimentos, Indústria e Comércio de Alimentos Supremo, Frigol, Maxi Beef Alimentos do Brasil e Distriboi - Indústria, Comércio e Transporte de Carne Bovina. No vídeo abaixo postado no Twitter, Tereza Cristina afirma que isso é resultado da visita do presidente Jair Bolsonaro à Arabia Saudita e do trabalho que o ministério e o governo federal vem fazendo para a abertura de mercado.

O fundo soberano da Arábia Saudita investirá até US$ 10 bilhões no Brasil, conforme comunicado conjunto emitido pelos dois países ontem após encontro de Jair Bolsonaro com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman. O prazo e as áreas de investimentos ainda serão definidos por um conselho que será formado nos próximos meses com representantes dos governos brasileiro e saudita e do setor privado. O Brasil é o sexto país a receber investimento do fundo saudita, depois dos Estados Unidos, Japão, França, África do Sul e Rússia. O ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) disse uma das intenções é que os recursos sejam usados em obras de infraestrutura. Ele citou a ferrovia Ferrogrão, entre Mato Grosso e Pará, projeto avaliado em mais de R$ 3 bilhões que faz parte do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI). "Na medida em que um fundo soberano da relevância da Arábia Saudita toma essa decisão, isso vai facilitar e sinalizar para outros países também tomarem essa decisão e acreditarem fortemente no Brasil", disse Lorenzoni. (Com Estadão)