Sábado da Virgem de Copacabana em Corumbá
Postado: 31 Julho 2011 às 13:44 - em: Principal
Intelectual, engenheiro formado pelo ITA, liderança importante na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e considerado uma das 100 personalidades mais influentes do país, o novo arcebipos de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa, de 55 anos, considera que homossexualismo "não se trata de opção", dá sinais de que pretende debater e participar da discussão de temas importantes da sociedade local como saúde, educação etc., e demonstra bastante serenidade e convicção em suas opiniões sobre diversos assuntos em entrevista divulgada pelo site Campo Grande News neste fim de semana. Ao responder sobre a união estável de pessoas do mesmo sexo reconhecida neste ano pelo Supremo Tribunal Federal, o arcebispo não se furtou a dizer o que pensa:
"Homoafetividade ou homossexualismo, é um tema que precisa ser melhor conhecido, a própria ciência não conhece adequadamente o fenômeno. Não se trata de uma opção.
Não me parece, pela experiência que tenho em conversa com pessoas homossexuais, que elas fizeram uma escolha. Elas trazem consigo uma tendência, digamos, que as leva a ter atração pela pessoa do mesmo sexo. Mas não se sabe como isso acontece, quando começa um sexo biológico e um sexo psicológico.
É um tema sobre o qual precisa se conversar mais e tomar cuidado com certos radicalismos. Como a tal lei da homofobia, que estava no Senado. Era de uma radicalidade tão grande. Por exemplo, se um casal de namorados estiver de agarro na sala, chamo atenção e peço para sair. Mas se fossem homossexuais, poderia ser processado.
Se tenho um seminarista que mando embora porque ele não consegue viver a castidade, tem namoradas, não tem problema nenhum. Se mando embora porque não consegue viver a castidade por ser homossexual, poderia ser preso. Graças a Deus já houve avanços, o projeto que vai voltar para a Câmara tem outras formatação. Nenhum de nós quer mal a alguma pessoa pelo fato de ter tendências homo ou heterossexual. Todos têm direito ao meu respeito e à proteção do Estado."
Você pode ter financiamento público para mudança de sexo. Se houver uma pessoa homossexual que não está contente com a situação e quer mudar, ela não tem apoio nem tratamento, porque a OMS (Organização Mundial de Saúde) não considera doença. É um campo que precisaria ser menos tabu. Que não fosse logo taxado de homofóbico.
O conflito de direitos existe. Tenho direito à boa fama, você tem direito à informação. Confesso, por exemplo, que mesmo sendo pessoa pública, não gostava de ver a foto do presidente Lula de sunga quando estava de férias na praia. Pelo amor de Deus, é uma coisa particular, não pode tirar uns dias de férias. Acho de mau gosto danado usar um terço simulando órgão genital. O artista tem direito à criatividade, eu tenho direito ao respeito à minha fé."
Leia a íntegra da entrevista à reporter Aline dos Santos em que Dom Dimas fala sobre outros temas polêmicos como questões de terras indígenas, distribuição de camisinhas nas escolas e sobre seus planos à frente da Arquidiocese clicando aqui em Campo Grande News.
Deu na revista Época:
O comunista Haroldo Lima não detém conhecimentos técnicos sobre petróleo, mas sabe tudo de política. Aos 71 anos, o atual diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP) já fez muito pela esquerda. Militou no movimento estudantil, fundou a organização Ação Popular, a AP, na qual combateu a ditadura militar, e, há 39 anos, apaixonou-se pelo PCdoB. É um dos mais antigos e dedicados quadros do partido, pelo qual cumpriu cinco mandatos como deputado federal. Num deles, elegeu-se com o mote “botando para quebrar”. A exemplo de tantos outros políticos de sua geração, sacrificou-se pelos ideais da esquerda, mas capitulou aos encantos da direita. Em 2003, em reconhecimento a seus serviços, o então presidente Lula nomeou Haroldo para uma diretoria na ANP.
Desde então, Haroldo socializou cargos e contratos entre os camaradas do PCdoB. Fora, assegurou – com muito custo – o próspero acúmulo de capital dos grandes empresários do setor petrolífero. Essa ambiguidade de papéis, subproduto do aparelhamento partidário do Estado brasileiro, não poderia dar certo. Conforme revelou ÉPOCA na capa de sua última edição, viraram regra a cobrança de propina e os achaques a empresários que precisam das canetadas dos burocratas da ANP. A reportagem trouxe a público evidências fortes da corrupção na ANP, como cheques, e-mails, relatos de empresários extorquidos – e até um vídeo em que uma advogada que atua no ramo é achacada por dois assessores da ANP. Todo o material integra uma investigação sigilosa, iniciada pelo Ministério Público Federal no Rio de Janeiro.
No vídeo, gravado em maio de 2008, Antonio José Moreira, então procurador da ANP, e Daniel de Carvalho Lima, estagiário da agência, cobram R$ 40 mil da advogada Vanuza Sampaio para liberar o registro de um cliente dela, a distribuidora de combustíveis Petromarte. Ambos dizem falar em nome do dirigente do PCdoB Edson Silva, então superintendente de Abastecimento e hoje assessor de Haroldo Lima. Os dois assessores da ANP dizem no vídeo que o valor de R$ 40 mil foi estipulado por Edson Silva e que ele receberia R$ 25 mil do total.
Assim que a reportagem foi publicada, a direção da ANP, em vez de determinar a investigação dos fatos, esforçou-se por tentar desqualificar o caso. A ANP chegou a anunciar que a advogada Vanuza foi interpelada judicialmente – e que ela teria negado qualquer acusação contra o comunista Edson Silva. Não é verdade. “Fui interpelada em razão de uma matéria que saiu na imprensa contra o senhor Edson Silva. Apenas neguei que fosse fonte da referida matéria. Nunca voltei atrás em nada”, disse a advogada Vanuza. Ela, diante da repercussão do caso, aceitou falar a ÉPOCA na semana passada. Vanuza esclareceu, sobretudo, o que já se suspeitava: os dois assessores da ANP disseram a ela que o dinheiro cobrado iria para o caixa do PCdoB.
Leia a íntegra clicando aqui em Época.