Gianecchini e o pai professor de cursinho

José Vargas Jimenez, o Chico Dólar, e seu livro Bacaba II

– "O Genoíno saiu vivo por ter sido capturado antes de entrarmos na selva. Ele entregou todos e não sobrou nenhum". Essa é uma das polêmicas declarações do militar da reserva e advogado José Vargas Jiménez, de 63 anos, nascido em Corumbá e radicado em Campo Grande e autor de dois livros, o Bacaba e Bacaba II recém lançado, em que conta suas memórias da Guerrilha do Araguaia na versão de um guerreiro de selva que participou luta armada contra o movimento comandado pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), uma dissidência armada do Partido Comunista Brasileiro (PCB), que aconteceu na parte final dos anos 60 e primeira metade da década de 70 na região às margens do rio Araguaia e visava derrubar o governo militar fomentando um levante da população para instalar um governo comunista no Brasil. Bacaba, que dá nome ao livro, é uma palmeira abundante na época na região da guerrilha e foi também o nome da base da Operação Marajoara, da qual Vargas atuou como sargento, segundo no comando do grupo liderado pelo major Sebastião Curió Rodrigues de Moura, o major Curió, que nos anos de 73 e 74 foi enviado pelo Serviço de Inteligência do Exército para eliminar os guerrilheiros e virou liderança política da região e ganhou notoriedade por declarar ao jornal O Estado de S.Paulo que o Exército executou pelo menos 41 comunistas no Araguaia. 

DOSSIÊ DILMA – Em seu recém-lançado livro, José Vargas Jimenez, que era conhecido como Chico Dólar, revela também o que ele chama de "Dossiê Dilma", sobre a ex-guerrilheira que virou presidente, fala sobre pessoas que "os comunistas mataram de 1964 a 1985 em assaltos, sequestros e bombas" e homenageia um amigo militar morto pela guerrilha, o cabo Odílio Cruz Rosa. "São coisas que ninguém fala, todo mundo só conhece a versão dos comunistas porque eles tomaram o poder", afirma Vargas que, nascido na fronteira com a Bolívia, já pensa em escrever um outro livro, dando sua versão sobre o famoso guerrilheiro argentino Ernesto "che" Guevara foi eliminado no país vizinho.

COMO COMPRAR – Sem estrutura de uma grande editora, Chico Dolar vende seus livros via internet ou por telefone e diz que a publicação está sendo bastante procurada. Quem se interessar, o preço de Bacaba II é R$ 30 e pode ser encomendado pelo telefone (67) 3365-6844 ou pelos e-mails chicodolar60@gmail.com, chicodolar60@yahoo.com.br ou jimenez.josevargas@gmail.com.





Em propagandas partidárias veiculadas neste fim de semana, o DEM usa um militante negro para criticar a esquerda e tentar aproximar o partido da população pobre e compara o governo do PT a uma maçã podre. Em um vídeo veiculado hoje, o jovem baiano Bruno Alves diz morar na periferia e afirma: "Alguns políticos pensam que eu tenho que ser de esquerda". "A esquerda não é dona dos jovens nem da periferia". Ele defende bandeiras associadas ao governo Lula e a partidos de esquerda. Diz ser a favor das cotas "para pobres, independente (sic) da cor" e do Bolsa Família. "Mas as pessoas não podem depender dela (da bolsa) para sempre", diz. E arremata: "Eu quero mais. Quero saúde, segurança e paz".

MAÇÃ PODRE – A  campanha visa retirar do DEM a pecha de direitista e elitista, fixar uma posição de centro e tirar da esquerda a exclusividade da ideia de progressismo, disse o presidente nacional da sigla, senador José Agripino Maia (RN), ao jornal O Estado de S.Paulo. No vídeo acima que começa a ser veiculado neste domingo, o DEM compara uma maçã podre ao governo do PT. "O Democratas é assim: fiscaliza o governo, aponta os erros, cobra responsabilidades e luta por mais transparência", diz o narrador, enquanto são exibidas manchetes de jornais com denúncias contra o PT - uma delas intitulada "Petista é preso com R$ 437 mil em notas", de 2005. Os dois vídeos, dirigidos por José Fernandes, marqueteiro campanha à reeleição de Agripino Maia ao Senado, terminam com o slogan: "Democratas, o partido da sociedade livre e da democracia brasileira".

Veja o outro vídeo da campanha clicando aqui em DEM.

 





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