Deu vitória de fazendeiro no novo Código Florestal aprovado na noite anterior pela Câmara dos Deputados. A chamada grande imprensa lê a votação como uma derrota da gestão Dilma Rousseff. Mas quem um olho sequer pra ver na terra de cegos , consegue enxergar por outra ótica. Tudo conversa pra boi dormir. Os ambientalistas, sejam os profissionais que vivem disso levando grana de empresas nas chamadas ONGs, sejam os que simplesmente tem bom senso e conseguem compreender que equilíbrio é uma coisa que significa não pensar só nos lucros de agora, mas nos filhos, netos, bisnetos e a geração que vier (se é que vai vir) depois, perderam bem antes. Vejamos...

O Planalto exonerou a ministra Marina Silva (que, coincidentemente, ou não, teve maior apoio e votação na eleição presidencial dentre os bem informados jovens de classe média alta da zona urbana de grandes cidades como Rio e São Paulo). O relator, de fato e não o substituto" pra preservacionista inglês ver" do texto, é aquela que virou ídolo dos fazendeiros. Aquele que fez a bancada ruralista delitar. Foi o deputado licenciado Aldo Rebelo (PCdoB). Este mesmo que virou ministro dos Esportes de Dilma, a defensora do meio ambiente.
Este mesmo que foi homenageado na semana passada por fazendeiros de Mato Grosso do Sul, ganhando título de sócio benemérito da entidade símbolo regonal da categoria, a Acrissul (foto), em Campo Grande. E, ironicamente, acredite, deu nome à "reserva florestal" na sede da entidade.
Em terra de cegos quem tem um olho e não vive de puxar-saco e tem o mínimo de inteligência consegue enxergar que governo algum foi derrotado. A não ser que o governo fosse ambientalista. O que não é o caso. A não ser que o verde que queiram preservar seja o dos dólares. Ou, quem sabe, das coloridas flores dos euros. Desse tipo de ambiente, sociedade e governo entendem. O resto é conversa pra boi dormir. Que a força da grande imperou, lamentável, mas isso não é novidade. Não sejamos hipócritas. Sempre foi assim desde que o progresso que você e eu usufruimos desbrotou e sempre será. Mas ter a cara de pau de dizer que eram contra... haja óleo de peroba para legisladores, governantes e sociedade representada pela chamada grande imprensa fingir que era contrária ao código de exploração do agora, porque o amanhã, como diz o ditado, pertence a Deus. (Foto Via Livre, assessoria Acrisul - Divulgação)




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