Em Campo Grande, o empresário Thiago Nunes Cance foi ouvido pela Polícia Federal em cumprimento de condução coercitiva da Omertà, 35ª fase da Operação Lava Jato que teve como principal alvo o ex-ministro Antonio Palocci. Na Capital de MS, a PF também cumpriu mandado de busca e apreensão em uma casa no bairro Cidade Jardim. Sócio da boate Move Club, o empresário é filho de Aurélio Cance, ex-diretor da empresa de água e esgoto de Campinas (SP), a Sanasa. Ele é suspeito de ter participado de uma reunião em um hotel em 2010 com Rovério Pagotto Júnior, que também era diretor da Sanasa, onde teriam sido pagas propinas em contratos da Odebrecht para construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Capivari 2, durante o mandato do prefeito cassado de Campinas, Hélio de Oliveira Santos (PDT). "Há, assim, indicativos de que a Odebrecht, por intermédio do Setor de Operações Estruturadas, tenha realizado pagamentos de vantagens indevidas para funcionários da Sanasa em virtude de contratos da empresa com o órgão público, nas pessoas de Rovério Pagotto Júnior e Thiago Nunes Cance, não podendo ser afirmado, por ora, se tais indivíduos receberam recursos espúrios e em espécie em benefício próprio ou para terceiros", diz relatório da operação.