MS espera de Jungmann mais do que de palavras sobre segurança nas fronteiras

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MS espera de Jungmann mais do que de palavras sobre segurança nas fronteiras
Raul Jungmann participa em MS de debate sobre segurança na fronteira que precisa muito mais do que palavras
Os ministros Raul Jungmann (Segurança Pública) e general Joaquim Silva e Luna (Defesa), à convite do senador Pedro Chaves (PRB-MS), participam nesta manhã em Campo Grande de reunião do Fórum Permanente de Segurança na Fronteira de Mato Grosso do Sul promovida pela OAB-MS e pela Associação Comercial e Industrial local (ACICG), no auditório da UEMS. Desta vez, espera-se que os representantes do governo federal estejam dispostos a ir além das palavras e passar para o campo de atitudes. 
 
Desde 2015, o Governo de MS cobra apoio das forças federais na região de fronteira do estado. São mais de 1.500 km - 1.131 km com o Paraguai e 386 km com a Bolívia – para entrada de drogas e armas, além de contrabando, que abastecem o crime organizado no País, cuja segurança hoje está relegada praticamente às polícias estaduais – com apoio da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal que, apesar dos baixos efetivos, cumprem seu papel.
 
Dados da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), apontam que nos últimos seis anos, de 2012 a 2017, as apreensões de drogas pelas forças do Estado saltaram de 87 toneladas para 427 t/ano, mais de uma tonelada por dia. Só de janeiro a junho deste ano foram cerca de 150 t. apreendidas, a maior parte na fronteira. Com isso, cresce também o número de presos em MS: hoje são quase 17 mil no sistema carcerário com capacidade para 7.327 condenados. Destes, 40% cumprem pena por crimes federais, mas a conta fica para o Estado, a um custo de R$ 10,6 milhões por mês, ou R$ 127,3 milhões por ano, conforme a Sejusp.
 
Faz alguns anos que o governador Reinaldo Azambuja alerta sobre a necessidade de ação federal nas fronteiras contra o tráfico de drogas e armas que alimentam a violência nos grandes centros do País. E o governador repete: "O Brasil fica enxugando gelo. Não adianta ficar apenas ali no Rio de Janeiro, sendo que a porta de entrada das drogas são as fronteiras com Bolívia e Paraguai. Nós não precisamos de mais reunião e seminários para discutir fronteira. O que precisa é ação, que o governo federal realmente entenda que se não colocarmos forças federais na fronteira vai acontecer o que nós estamos vendo no dia a dia nas grandes cidades – acabamos perdendo a guerra para o tráfico e para o crime organizado".


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Postado por: Marco Eusébio, 19 Julho 2018 às 09:00 - em: Principal


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