A votação do pedido de abertura de comissão processante com poderes de cassar o mandato do prefeito Gilmar Olarte anunciada para terça-feira na Câmara foi adiada de novo, para quinta-feira da semana que vem. O motivo continua sendo o número de votos necessários para aprovar a processante.

 

Na CCJ, Saraiva (DEM), Otávio Trad (PTdoB) e Cabeludo (PMDB) defendem maioria absoluta de 20 dos 29 votos. Paulo Pedra (PDT) e Alex do PT defendem maioria simples de 15 votos. Diante do impasse, os cinco se reuniram com o presidente da Casa, Mário César (PMDB), que resolveu colocar a decisão à votação do plenário na terça. 

 

Como a base governista é majoritária, deve optar pela maioria absoluta de votos. Pelo mesmo motivo, presume-se que a processante seja rejeitada. Porém, a vereadora Luiza Ribeiro (PPS), autora do pedido com os petistas Alex e Thais Helena, discorda dessa lógica. Ela acredita que, embora governistas sejam maioria, a comissão será aprovada. 

 

Luiza explica sua tese:

 

– "Isso não é brincadeira. São denúncias graves, inclusive sobre o uso do jatinho 'Cheio de Charme' de empresário com contratos milionários com a Prefeitura investigado na operação Lama Asfáltica da Polícia Federal. O vereador tem o dever institucional de fiscalizar, que decorre do cargo, independente de sua preferência política. Por isso, acredito que a comissão deve ser aprovada para apurar os fatos e constatar, ou isentar, possíveis responsabilidades".