Em seu discurso mais duro, Eduardo Campos critica governo Dilma Rousseff e petistas

André Coelho/O Globo Reprodução
Em seu discurso mais duro, Eduardo Campos critica governo Dilma Rousseff e petistas
No mais duro discurso que fez até agora como pré-candidato ao Planalto, o governador Eduardo Campos (PSB-PE) fez críticas pesadas ao governo de Dilma Rousseff e aos petistas que, afirmou, temem perder o poder e os cargos. No ato de lançamento das diretrizes do programa de governo da aliança PSB-Rede com Marina Silva, Campos disse estar preparado para os ataques que virão e que não vai temer o debate, mesmo com o nível dos ataques já muito baixo contra a candidatura dele:
 
– "Não tememos o debate, nem enfrentar o desespero dos que já se batem e se agarram a cargos. (não tememos o debate) com os que não pensam na nação, e já se desesperam com a possibilidade de perder poder e os cargos."
 
"SOL COM A PENEIRA" Deixando claro que de fato rompeu com o governo petista, Campos direcionou críticas aos discursos de Dilma, nos quais ela alega dificuldades da economia mundial:
 
– "Não podemos ficar tapando o sol com a peneira, de que os problemas estão lá fora. Muitos dos problemas estão aqui dentro e precisam de liderança. De alguém que tem a sinergia e consiga resolver os problemas não com conversas e promessas (discursos)".
 
"ENXUGAR GELO" Sobre as políticas sociais, que afirmou considerar importantes, disse que é preciso que elas sejam protegidas pelo crescimento na economia:
 
– "Se não, é enxugar gelo. Não seguram as conquistas. Não há política social que faça efeito sem desenvolvimento. Se não, é o que estamos vendo agora: crescimento do analfabetismo, emprego perdendo qualidade, país perdendo competitividade. Vamos legar o quê para as futuras gerações deste país?"
 
Ao pregar que é preciso reconquistar novas práticas da política no país, Eduardo Campos afirmou que não se arrependeu de ter apoiado o PT e os governos petistas:
 
– "Ninguém que está aqui se arrepende de ter ajudado a eleger Lula e Dilma. Mas da mesma forma que nos empenhamos pelas conquistas, tivemos a capacidade de sair pela porta da frente."
 
"CABRESTO NA DEMOCRACIA" Para Campos, a sociedade exige mudança. Ele afirmou não ver nos quatro cantos do Brasil pessoas que acham que mais quatro anos do atual governo vão fazer bem ao país. E alertou para o risco da perda de conquistas democráticas:
 
– "Eu conheço o fel da ausência da democracia. Sei o quanto custou a quem já não está mais aqui a luta pela conquista democrática. Não podemos botar cabresto na democracia, distribuindo cargos e pensando que todos se põem de joelho diante do poder do dia. Não! Tem muitos que têm coragem e carregam na consciência as lutas pela democracia e se rebelam pelo o que aí está."
 
Questionado sobre o tom duro do discurso, Campos afirmou que não terá medo de levantar o debate político:
 
– "Eu elogiei o Lula e as conquistas que ajudamos a trazer. Mas agora é a hora do debate político que eu vou fazer sem medo. Aqui, ninguém treme não. Os cabras lá não conhecem a natureza de uma pessoa que nasceu onde eu nasci."
 
(Com informações de O Globo)


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Postado por: Marco Eusébio, 04 Fevereiro 2014 às 14:15 - em: Principal


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