Carlos Alberto Ferreira Filgueiras, dono do avião que levava o ministro do Supremo Teori Zavascki e que também morreu na queda do aparelho, era sócio do BTG Pactual na empresa Forte Mar Empreendimentos e Participações, dona do prédio ocupado pelo Hotel Emiliano na Praia de Copacabana, no Rio, informa hoje o jornal O Globo.

 

Filgueiras tem 10% da empresa; os 90% restantes pertencem ao Development Fund Warehouse, um fundo do BTG. O empresário, fundador do Grupo Emiliano, era amigo do ministro e membro do Conselho de Administração da Forte Mar ao lado de Carlos Daniel Rizzo da Fonseca, um dos sócios do BTG. Conforme o jornal, a assessoria do BTG confirmou a sociedade, mas disse que o banco não se pronunciaria. Como relator da Lava-Jato, Teori tomou pelo menos uma decisão envolvendo o BTG. 

 

Em 25 de novembro de 2015, André Esteves, um dos sócios do BTG, foi preso pela Lava-Jato, acusado de participar de negociação que envolvia pagamentos à família do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró para que ele não assinasse acordo de delação premiada. Na mesma operação policial o ex-senador Delcídio do Amaral foi preso. 

 

Em 17 de dezembro, Teori libertou o banqueiro e determinou prisão domiciliar, depois que a defesa argumentou que a prisão havia sido decretada com base apenas nas declarações de Delcídio, que havia falado sobre a participação de Esteves. Em abril de 2016, Teori revogou a prisão domiciliar e permitiu que ele voltasse a trabalhar, acrescenta O Globo.