A situação caótica do serviço municipal de saúde de Aquidauana que leva médicos com salários atrasados e sem condições de trabalho a ameaçarem parar os serviços no Hospital Regional Estácio Muniz que atende sete municípios da região, conforme aqui divulgado, pode vir a deflagar uma nova crise política na cidade. Representantes do MP, dos médicos e da direção do hospital se reuniram com o prefeito José Henrique Trindade (PDT) ontem para cobrar repasses do Município e todos saíram insatisfeitos. 

 

Sem confiar em promessas não cumpridas de acordos anteriores, os médicos mantiveram a disposição de parar o atendimento a partir do dia 13 de fevereiro. E o promotor de justiça José Maurício Albuquerque informou que está notificando o Ministério Publico Federal sobre a situação e afirmou ao site Aquidauana News que pode adotar medidas drásticas. “Não descarto a possibilidade de pedir inclusive o afastamento do atual prefeito desde que estejam presentes os pressupostos legais”, disse o representante do Parquet.

 

Na reunião, o prefeito Zé Henrique afirmou que o Município não tem dinheiro para bancar os custos do hospital, atribuiu as responsabilidades aos governos estadual e federal e não apresentou nenhuma alternativa concreta para garantir o atendimento à população. Conforme o site (leia aqui), médicos disseram que o prefeito chegou a dizer na reunião que não recebe nada para ser interventor do hospital e que não sabia o que estava fazendo ali, pois seus filhos estão criados e não precisam do hospital. "A população está entregue a própria sorte", disse ao Aquidauana News o vereador Wezer Lucarelli (PROS), que na manhã de hoje reforçou denuncia à Procuradoria de Justiça de Mato Grosso do Sul.