Em videoconferência hoje, Jair Bolsonaro pediu aos governadores apoio ao seu veto de reajustes de salários de servidores até o fim de 2021, ao prometer sancionar hoje o projeto de ajuda aos estados e municípios devido à crise gerada com a pandemia da Covid-19 aprovado pelo Congresso. O apoio dos governadores é importante junto aos parlamentares de seus estados para que deputados e senadores não derrubem o veto. O presidente afirmou que neste momento quando muitos trabalhadores perderam o emprego, outros estão tendo salários reduzidos e informais foram duramente atingidos, congelar reajustes dos servidores é o "remédio menos amargo" para o funcionalismo, "mas de extrema importância para todos os 210 milhões de brasileiros".

 

Falando em nome dos 27 governadores no encontro com participação dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e de ministros, marcado por discursos de união, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB-MS) pediu ao presidente que sancione o projeto e, se possível, libere a primeira parcela ainda neste mês diante da "perda brutal" de receita dos estados e municípios. Azambuja também pediu a Bolsonaro que vete os aumentos salariais de servidores inseridos no texto. 

 

O governador de MS disse estar ciente das pressões por reajustes, mas lembrou que nos últimos três anos a média de crescimento na folha salarial dos estados foi de 13,9% e de 6,9% nos municípios, e disse que o momento agora é de "cuidar da população" em "que todos nós temos de fazer nossa parte". Bolsonaro prometeu sancionar ainda hoje o projeto. A princípio, só servidores da saúde e segurança pública deverão ficar fora do congelamento.