André e a arte de ser ou não ser candidato
Rachid Waqued/Governo de MS
O governador André Puccinelli (PMDB) chega ao fim de ano cantando pelo menos uma vitória importante no ano pré-eleitoral de 2013: conseguir levar até março a definição se é ou não candidato ao Senado.
Retorna das férias no dia 26 de janeiro.
Até 15 de fevereiro tem recesso parlamentar.
Dali mais duas semanas tem carnaval.
A partir do dia 10 de março começará a definir o quadro que deve ser concluído até 5 de abril, fim do prazo para desincompatibilização, quando terá de deixar a cadeira de governador para mais uma disputa eleitoral ou optar por concluir o mandato e, como costuma dizer, depois ir pra casa curtir os netos.
Vale lembrar que, há exatamente um ano, prometeu definir ser ou não ser candidato em fevereiro deste ano. E seguiu com vários adiamentos.
Esse cuidado não é gratuito.
Se antecipasse que seria candidato, sofreria pressão de prefeitos, deputados e de todos os demais candidatos proporcionais com todos seus efeitos colaterais.
Se antecipasse que não seria candidato, nasceria grama à porta da Governadoria, onde pouca gente iria pisar.
André usou de ciência para manter a dúvida.
Evitando usar frases negando, buscou quase sempre fazer afirmações como “vou pra casa”, “vou disputar”.
Assim, evitou cair nas pesquisas, orientado por seus marqueteiros.
Deixando todos em dúvida, manteve a pressão distante. E os aliados próximos.
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Postado por: Marco Eusébio, 30 Dezembro 2013 às 11:00 - em: Principal