Aécio Neves (PSDB) afirmou hoje em Campo Grande que vai "libertar o Brasil" do PT nas eleições do próximo domingo. Em comício ao lado do candidato tucano ao governo estadual Reinaldo Azambuja e de lideranças aliadas que lotou o clube-campestre Nipo-Brasileiro numa demonstração de força das candidaturas, o presidenciável tucano afirmou que fez questão de visitar pela terceira vez Mato Grosso do Sul, duas como candidato, e em seguida declarou: 

 

– “O Brasil inteiro está olhando para Campo Grande para saber o que vou dizer aos brasileiros a exatos cinco dias da eleição. Digo que é um jogo muito maior do que a vitória ou derrota deste ou daquele candidato. É a oportunidade de darmos ao Mato Grosso do Sul um governador honrado, decente e trabalhador".

 

Em seguida, falando sobre sua própria candidatura, emendou: 

 

– “Vou vencer as eleições, vou tirar o PT do governo federal e libertar o Brasil desse partido que tomou o País e esqueceu dos brasileiros”.

 

Azambuja, por sua vez, insinou haver risco de compra de votos nesta reta final e convocou os tucanos a ficarem vigilantes até o dia da eleição: 

 

– “Não adianta vir com um caminhão de direito da Petrobras pela corrupção. Vamos fazer vigília até o dia 26. Diziam que iam ganhar no primeiro turno e até compraram terno novo, mas não combinaram com o povo".

 

PESQUISAS

 

A nova visita de Aécio à região acontece logo depois de a nova pesquisa Datafolha apontar Dilma pela primeira vez numericamente à frente dele no segundo turno, indicando que o Centro-Oeste foi a região onde ele perdeu mais pontos nos últimos dias.

 

Questionado em entrevista coletiva antes do comício, entretanto, Aécio disse não ligar para pesquisas. "Todas as nossas pesquisas apontam que estamos com uma margem enorme sobre a candidata. Se eu me abalasse por pesquisas, não teria passado do primeiro turno" afirmou.

 

O presidenciável tucano também aproveitou para alfinetar os adversários, afirmando que "os petistas tentam transformar em herois nacionais" militantes que promovem ilicitudes, "como os condenados pelo mensalão", e disse que isso "deseduca a população".